Na quinta-feira, 3 de maio, Repórteres Sem Fronteiras lembrou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa condenando o "ritmo alucinante de ataques físicos contra jornalistas", observando que em 2012, um jornalista foi morto a cada cinco dias. No mesmo dia, circulou a notícia do assassinato de mais dois jornalistas mexicanos no estado de Veracruz. Só neste ano, a organização registrou o assassinato de 21 jornalistas e seis internautas e jornalistas cidadãos.
De acordo com a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), 24 jornalistas latino-americanos foram mortos em Brasil, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, Haiti, Honduras, México e Peru durante os últimos 12 meses. Só em abril foram registradas as mortes da repórter de crime mexicana Regina Martínez e do repórter político brasileiro Décio Sá.
Como a SIP observou, no entanto, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão não são afetadas apenas pela violência contra os jornalistas: "Estamos preocupados com os diretos e sutis - e, no caso do Equador não tão sutil - meios econômicos, legais e judiciais utilizados contra os meios de comunicação em vários países da região que resultam em censura prévia e autocensura, prejudicando não só os meios de comunicação em si, mas mais importante ainda, enfraquecendo o direito do público de receber informações ".
Também em reconhecimento ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Repórteres Sem Fronteiras divulgou uma lista atualizada dos seus "depredadores da liberdade de informação". A lista, que agora inclui 41 nomes, enumera quatro na América Latina: Miguel Facussé Barjum, de Honduras, Raúl Castro, de Cuba, os cartéis de Sinaloa, Juárez e Golfo do México, e os "Águias Negras", da Colômbia.
Os últimos rankings da liberdade de imprensa global da Freedom House, divulgados no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, mostram que a liberdade de imprensa se deteriorou nas Américas durante 2011.
Um editorial da Voz da América observou que a liberdade de imprensa é tão importante porque é o "quarto pilar da democracia." Como disse o editorial, "uma imprensa calada significa o fim da democracia".