Por Isabela Fraga
Com o objetivo de ampliar o debate sobre a segurança dos jornalistas, a Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco) e o Centro de Informações das Nações Unidas no Rio de Janeiro (Unic Rio) lançaram, no Dia da Liberdade de Imprensa, 3 de maio, o site Segurança de Jornalistas.
E não é para menos: o Dia da Liberdade de Imprensa foi marcado pela publicação de diversos relatórios pouco otimistas sobre a situação dos jornalistas e de outros profissionais de imprensa no mundo -- especialmente na América Latina. Ficou claro que, enquanto a liberdade de imprensa diminuiu no continente durante 2012, o nível de impunidade em crimes contra jornalistas aumentou.
A primeira atividade do site foi a publicação da versão em português do Plano de Ação da ONU para a Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade, aprovado em 2012. Entre aas questões abordadas pelo plano para aumentar a proteção a profissionais da imprensa, está a "ajuda a governos para desenvolver leis sobre segurança e liberdade de expressão, sensibilização pública, treinamento de segurança e segurança eletrônica, prestação de atendimento médico, mecanismos de respostas de emergência, zonas de conflito, descriminalização da difamação e remuneração de jornalistas", como afirma o site.
O Segurança de Jornalistas também oferece um panorama da situação da violência contra a imprensa no mundo -- seja ela física, verbal ou virtual. Além disso, o site disponibiliza uma biblioteca de materiais da ONU relacionados ao tema, desde a Declaração de Direitos Humanos até a Lista global de condenações da UNESCO a assassinatos de jornalistas.
O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas é considerado pelo site uma referência sobre o assunto -- juntamente com o Instituto Vladimir Herzog, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a organização Artigo 19 e o Comitê de Proteção para Jornalistas (CPJ).
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.