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Organizações internacionais denunciam assassinato de segundo jornalista brasileiro em menos de um mês

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciaram ontem, 4 de maio, o assassinato do jornalista brasileiro Valério Nascimento, dono e diretor do jornal “Panorama Geral”.

Em nota, as entidades internacionais pediram às autoridades brasileiras uma investigação exaustiva, inclusive para verificar se Nascimento não foi morto em razão de sua atividade profissional. A polícia ainda busca informações sobre o caso, mas aponta a possibilidade de crime político ou de vingança, segundo o Estadão.

"As autoridades brasileiras devem investigar completamente o assassinato de Valério Nascimento, determinar se ele foi relacionado com o trabalho, e trazer os responsáveis à justiça", disse Carlos Lauria, coordenador sênior do CPJ para as Américas.

Nascimento foi morto no quintal de sua casa no dia internacional da liberdade de imprensa, 3 de maio, por dois tiros, um na cabeça e outro nas costas. O Globo frisou que a última edição do Panorama Geral havia descoberto irregularidades na administração do prefeito de Bananal.

As entidades destacaram que este já é o segundo assassinato de um jornalista no Brasil em menos de um mês, após o ataque contra o repórter Luciano Leitão Pedrosa no dia 10 de abril em Pernambuco.

"Este assassinato nos lembra que o Brasil, apesar dos recentes avanços legislativos e esforços na luta contra a impunidade, continua sendo um país de risco para a profissão", lamentou a RSF.

Este blog é produzido pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, na Universidade do Texas em Austin, e financiado pela John S. and James L. Knight Foundation

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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