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Organizações mexicanas se retiram da assembleia que cria mecanismo de proteção a jornalistas

Um grupo de organizações civis no México decidiu retirar-se da assembleia de elaboração do Mecanismo de Proteção de Jornalistas e Defensores de Direitos Humanos por causa da falta de critérios transparentes para eleger os candidatos que integrarão o conselho executivo, informou o jornal El Economista.

Em junho passado, o presidente do México aprovou uma lei que obriga as autoridades federais a conferir proteção a jornalistas e ativistas de direitos humanos que são ameaçados. A Lei para a Proteção de Pessoas de Direitos Humanos e Jornalistas estipula a criação de um conselho para trabalhar com as instâncias governamentais correspondentes na implementação de tais medidas de proteção.

No entanto, cerca de 20 organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram por meio de um comunicado que a Secretaria de Governo convocou os participantes do conselho sem apresentar os critérios de seleção. As organizações discordantes dessa medida exigem a criação de critérios na convocatória; a publicação dos nomes e da trajetória das organizações, defensores e jornalistas que sejam candidatos ao Conselho; e que a assembleia possa ser observada e monitorada pela imprensa e outras organizações interessadas no processo, segundo o Centro de Comunicação Social (Cencos).

Entre as organizações que discordam da forma como foi criado o Conselho estão defensores da liberdade de expressão, como Artigo 19, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) e a Casa dos Direitos de Jornalistas.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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