Na tarde do último sábado, 14 de abril, um policial militar que investigava a execução de um jornalista foi assassinado com 14 tiros por dois homens a bordo de uma motocicleta estrangeira em Ponta Porã, cidade do Mato Grosso do Sul que faz divisa com o Paraguai, informou o portal Dourados Agora.
Segundo o site Grande Fm, o agente do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o crime Organizado) Paulo César Santos Magalhães era um dos responsáveis por investigar o homicídio do jornalista Paulo Rocaro, também baleado por dois pistoleiros em uma motocicleta estrangeira.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) já ressaltou o perigo da cobertura jornalística na fronteira Brasil-Paraguai, lembrando as ameaças de morte recentes feitas ao correspondente paraguaio Cándido Figueredo.
O policial conduzia uma moto de Ponta Porã e parou no sinal vermelho quando dois homens em uma outra moto pararam ao seu lado e um deles atirou em suas costas. Magalhães ainda tentou sacar uma arma para se defender, mas recebeu outros 13 tiros, principalmente nas costas e na cabeça, de acordo com o site Ponta Porã Digital.
A cidade fronteiriça é um local de risco para a atividade jornalística, ressaltou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), lembrando as ameaças de morte recentes feitas ao correspondente paraguaio Cándido Figueredo.
Só neste ano, além da execução de Rocaro, o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas relatou a morte de outros quatro jornalistas brasileiros -- Laércio de Souza, Mario Randolfo Marques Lopes, Onei de Moura e Divino Aparecido Carvalho -- embora, com as investigações ainda em curso, nem todos possam estar necessariamente ligados a suas iniciativas jornalísticas.