Manifestantes ligados à construção civil apedrejaram o prédio do jornal Diário do Nordeste na manhã da última terça-feira, 30 de maio, informou o Portal Imprensa. Os trabalhadores estavam em greve protestavam por reajuste salarial.
Segundo o próprio Diário do Nordeste, das Organizações Globo, havia também no protesto trabalhadores da indústria gráfica, categoria também em greve. Uma apresentadora do canal de televisão do jornal também afirma ter sido agredida pelos manifestantes, informa o jornal.
O diretor do Diário, Ildefonso Rodrigues, acusou os sindicatos pelo ato, mas o advogado do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Fortaleza, Carlos Chagas, disse que sua organização é contra qualquer tipo de violência, noticiou o portal Bol.
O depredamento do prédio do jornal gerou indignação e repúdio de diversas organizações ligadas ao jornalismo. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) condenou o ato e afirmou esperar que as autoridades tomem "providências para garantir a liberdade de expressão e a identificação dos responsáveis", segundo o Yahoo Notícias.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), por sua vez, manifestou preocupação com a violência contra jornais e jornalistas no Brasil nesta quarta-feira, 30 de maio, informou o portal Terra. Segundo a SIP, o ato "se soma a outros atos de violência contra jornalistas que cobrem os protestos". Deputados da Assembleia Legislativa do Ceará também repudiaram o acontecimento, afirmando que ele prejudica as negociações com a classe patronal, informou o jornal O Povo.
