Durante uma conferência em Viena, na Áustria, o presidente boliviano, Evo Morales, disse que, em seu país, há “liberdade de expressão demais", acrescentando que os veículos de comunicação independentes são alguns de seus principais opositores, informou a rádio FM Bolivia.
O presidente também justificou a violência contra a imprensa por grupos de partidários de seu governo, argumentando que essas pessoas simplesmente "reagem à mentira", acrescentou o jornal argentino La Nación.
O assuntou foi levantado pelo Instituto Internacional de Imprensa (IPI, na sigla em inglês), que questionou a situação da imprensa na Bolívia, destacando que, no ano passado, foram registrados 200 casos de agressão contra jornalistas e pelo menos 7 ataques a veículos de imprensa, segundo o freemedia.at, site que pertence ao IPI.
O presidente boliviano disse ainda que os meios de comunicação “representam interesses de empresários” e os acusou de "bagunçar o país", de acordo com o Infobae.com. Quando questionado pelo IPI sobre a relação entre a imprensa e os países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA), entre eles o Equador e Venezuela, conhecidos pelos conflitos com meios de comunicação e jornalistas, Morales disse que, "na Bolívia, talvez sejamos muito tolerantes, nos calamos e aguentamos", acrescentou o Infobae.com.