O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, se comprometeu a solucionar os casos de jornalistas asasssinados e a despenalizar os crimes de difamação durante a conferência Segurança, Proteção e Solidariedade para a Liberdade de Expressão, organizadaa pela Sociedade Interamericana de Imprensa e a Associação de Meios de Comunicação de Honduras, informou a EFE.
O relator especial para a liberdade de expressão das Nações Unidas, Frank La Rue, também participou do encontro e pediu o endurecimento das penas para agressões contra jornalistas, a criação de uma promotoria especial e a indicação de juízes especiais e de investigadores capacitados para tais casos, explicou o diário La Prensa.
O presidente Lobo sugeriou ainda que Honduras adote o modelo colombiano de proteção integral para comunicadores, transforme em crime federal as agressões contra jornalistas, como foi feito no México e solicite o apoio do Sistema de Nações Unidas para avançar nas investigações e reduzir a impunidade, acrescentou o diário La Tribuna.
Já o comissário de direitos humanos Ramón Custodio propôs a proibição do porte de armas de fogo, usadas na maioria dos assassinatos de jornalistas, além de uma "depuração" nas polícias dos estados com os mais altos índices de violência - pois essas regiões também registram mais casos de assassinatos de jornalistas - segundo o La Tribuna.
Honduras é o segundo país mais perigoso para a imprensa nas Américas - foram 20 jornalistas asassinados desde o golpe de estado de junho de 2009.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.