Após receber críticas do governo americano sobre a situação da liberdade de expressão no Equador, o presidente equatoriano, Rafael Correa, repudiou as acusações de que o livre discurso está ameaçado no país, afirmando considerar uma “vergonha” que o presidente americano, Barack Obama, “saia em defesa dos informantes”, informou a AFP.
O presidente Correa fez referência especialmente às acusações de que o jornalista e diretor da organização equatoriana Fundamedios, César Ricaurte, teme por sua vida por receber ameaças de morte após criticar o governo, informou o El Diario.
Ricaurte e os jornalistas da Fundamedios foram acusados por Correa de serem informantes da Embaixada dos Estados Unidos, porque seus nomes apareceram em documentos da diplomacia americana divulgados pelo WikiLeaks, informou o diário El Universo.
Segundo o jornal El Comercio, a União Nacional de Jornalistas do Equador (UNP) considera as críticas do governo americano um “sinal da imagem ruim que o país tem no exterior em relação à liberdade de expressão".
Além disso, em 2011 foram registrados 156 casos de agressão contra jornalistas no Equador, a maioria deles ligados ao governo – 56% das agressões foram cometidas por funcionários do Estado e 20,75% pelo próprio presidente – destacou o Ecuavisa. No Equador “há um ambiente de total impunidade”, disse Ricaurte, segundo o Ecuavisa. “Para as agressões contra a imprensa não há condenação pública”, acrescentou.