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Presidente equatoriano propõe que ministros não concedam entrevistas a meios de comunicação privados

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  • 11 junho, 2012

Por Liliana Honorato

No sábado, 9 de junho, o presidente equatoriano Rafael Correa anunciou que está considerando que os ministros não concedam mais entrevistas a meios de comunicação privados com fins de lucro para não seguir financiando famílias donas dos veículos, informou a agência de notícias EFE.

Como destacou o site Confirmado.net e a organização equatoriana não governamental Fundamedios, o presidente e seus funcionários só dariam entrevistas a meios de comunicação públicos e comunitários, já que seria uma “contradição” dar entrevistas a que o presidente chama de “imprensa corrupta”, depois de pedir aos cidadãos equatorianos para boicotarem essa imprensa no final de maio.

Para se proteger de possíveis críticas que a proposta poderia gerar, o presidente Correa disse que ela não seria um atentado contra a liberdade de expressão, “mas um atentado aos bolsos de alguns”, noticiou o CRE Satelital.

Em virtude dos ataques constantes do presidente Correa à imprensa, no último dia 11 de março, a Associação Equatoriana de Editores de Jornais (AEDEP, na sigla em espanhol) pediu ao mandatário para parar com a “campanha” contra a imprensa. Além disso, segundo informou Fundamedios em abril deste ano, as agressões contra jornalistas e meios de comunicação aumentaram em 150% no Equador nos últimos quatro anos, a maioria delas provenientes de funcionários públicos.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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