Por Ingrid Bachmann
O Ministério Público acredita ter provas suficientes para levar a julgamento Guillermo Zuloaga, dono do canal de notícias Globovisión, única emissora crítica ao governo que continua no ar na Venezuela, informaram a Associated Press e El Universal. Procuradores solicitaram que Zuloaga, acusado de manter carros em sua propriedade de forma irregular, seja extraditado juntamente com seu filho, também envolvido no caso, relatou a Associated Press.
O promotor disse que o crime de "usura genérica" prevê entre um e três anos de prisão, e o de formação de quadrilha, entre dois e cinco anos, explica a ANSA. A promotoria suspeita que Zuloaga tenha deixado o país, mas seu paradeiro é desconhecido.
Segundo El Tiempo, a defesa de Zuloaga relatou várias falhas no processo, como a recusa do Ministério Público em permitir o acesso aos autos, e disse desconhecer em que se baseiam as acusações contra o empresário.
Procuradores também pediram a captura do empresário Nelson Mezerhane, outro acionista da Globovisión e dono do Banco Federal, que está sob intervenção do governo, informou O Estado de S. Paulo.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.