Por Adriana Prado
O repórter freelance brasileiro Solly Boussidan, que havia sido detido na Rússia em 27 de janeiro, sob acusação de "atividade jornalística ilegal", foi deportado em 1° de fevereiro, informou o Globo, citando o Itamaraty. Ele foi mandado para a Abkházia. O jornalista havia sido condenado a até dez dias de prisão, seguida de deportação, segundo o portal Terra.
Boussidan está
proibido de entrar na Rússia por cinco anos, acrescentou o Estado de S. Paulo, jornal do qual é colaborador. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) condenou, em comunicado citado pelo Estadão, a "truculência das autoridades russas". "É infundada e abusiva a acusação de que (o repórter) se encontrava em situação ilegal", protestou a ANJ.
O jornalista entrou na Rússia com um visto de turista, porque só cruzaria o país para chegar à Armênia. Por causa do atentado no aeroporto de Moscou, porém, o repórter enviou um relato sobre a cobertura televisiva da tragédia ao portal Terra. Dois dias depois, foi interrogado por 12 horas na cidade de Sochi e depois levado para uma prisão em Adler.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.