Uma entidade de segurança pública da Venezuela abriu um processo contra um periodista para acusar o profissional de apologia ao crime por matérias publicadas sobre o assassinato de um criminoso em uma prisão em Maracaibo, informou o site En Oriente.
O jornalista Juan José Farías, do diário La Verdad e correspondente do IPYS Venezuela, publicou diversas matérias sobre o assassinato do líder dos detentos, Miguel Ángel Boscán Alba, que morreu em um confronto com a polícia . Segundo as fontes consultadas pelo repórter, os presos estariam oferecendo dinheiro pela morte de policiais ligados à morte de Boscán.
Em 28 de janeiro, o repórter foi intimado pelo Cuerpo de Investigaciones Científicas, Penales y Criminalísticas (CICPC) e submetido a um interrogatório sem a presença de um advogado, além de ter ficado quatro horas retido na entidade, segundo o La Verdad . “Me acusaram de promover uma matança entre criminosos e policiais”, disse Farías.
O secretário do Colegio Nacional de Periodistas de Zulia, Leonardo Pérez, destacou que as entidades de segurança não podem culpar os jornalistas e os meios de comunicação pelos problemas na segurança pública do país.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.