Por Maira Magro
Os jornais brasileiros comentam esta semana: o segundo turno nas eleições para presidente pegou a imprensa estrangeira de surpresa. Confiando em previsões de pesquisas de opinião e analistas, alguns meios de comunicação chegaram a eleger a candidata do PT, Dilma Rousseff, nas votações de domingo, 3 de outubro.
Na segunda-feira, o equatoriano El Telégrafo anunciava na capa “Rousseff ganha no primeiro turno”, e o conterrâneo El Universal destacava que “Primeiros resultados no Brasil dão vitória a Dilma Rousseff”, observou O Globo.
Já no dia 30 de setembro, o americano Wall Street Journal apostava na manchete de capa “Ex-guerrilheira à beira do poder no Brasil”. Até a renomada revista inglesa The Economist publicou uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segurando a mão de Dilma em clima de vitória, com o título “Brazil’s Handover” (A sucessão no Brasil). O espanhol El País também anunciou no domingo a vitória da candidata petista como certa, mas admitiu a possibilidade de uma segunda etapa de votação.
Com o segundo turno anunciado, o New York Times ainda acredita que a petista vencerá o adversário José Serra (PSDB), impulsionada “por uma onda de prosperidade” e pelo alto índice de aprovação de Lula, que beira 80%, comenta a Band. Já o Financial Times preferiu evitar uma aposta, aponta a BBC Brasil, dizendo que o resultado coloca em questão a certeza de uma vitória do PT. Para o diário britânico, o segundo turno é bom para o Brasil pois forçará os candidatos a debater questões que até então vêm sendo evitadas, observa o Estadão.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.