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Veículos devem destacar a importância da liberdade de imprensa para os cidadãos, dizem especialistas em evento na Colômbia

O caminho para que as sociedades compreendam a necessidade de defender a liberdade de imprensa é longo, entre outras razões, porque a imprensa não tem conseguido expressar essa necessidade aos cidadãos. É o que afirmaram alguns especialistas no fórum "A situação da liberdade de imprensa na América Latina", realizado em Bogotá, capital da Colômbia, no dia 22 de janeiro, informou o El Tiempo.

Antes do fórum, foi celebrada a adesão de governadores e prefeitos colombianos à Declaração de Chapultepec, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), pela defesa da liberdade de imprensa na América Latina.

Para o colombiano Omar Rincón, diretor do Centro de Estudos de Jornalismo (Ceper) da Universidad de los Andes, colunista e analista de mídia, não há uma "base social" para defender a mídia porque, entre outras coisas, a "Declaração de Chapultepec não chega aos cidadãos", segundo o El Tiempo.

A liberdade de imprensa deveria ser um tema relevante para a SIP assim como as ameaças e os índices de impunidade, que também são importantes, informou o portal da Universidad de los Andes.

A diretoria da SIP se mostrou preocupada com leis que amordaçam a imprensa na América Latina, referindo-se à Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina, acrescentou o El Tiempo.

Para o diretor do jornal El Nacional, da Venezuela, Miguel Otero, os veículos independentes latino-americanos têm dois problemas principais, segundo o La Prensa. O primeiro tem a ver com o enfrentamento entre grupos armados e jornalistas, situação agravada pela impunidade. O primeiro tem relação com o uso dos mecanismos do Estado "para criar uma hegemonia na comunicação, por meio de processo judiciais".

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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