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Violência e censura podem minar papel da imprensa com a proximidade das eleições na Venezuela, alerta WAN-IFRA

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  • 25 junho, 2012

Por Isabela Fraga

A cerca de três meses das eleições presidenciais na Venezuela, ataques contra imprensa e jornalistas devem aumentar, alertou a Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA). A WAN-IFRA visitou a Venezuela de 4 a 6 de junho e encontrou um cenário de mídia independente polarizado e enfraquecido.

Segundo a WAN-IFRA, os 14 anos do governo de Chávez envolveram ataques contra jornalistas, assédio jurídico a empresas de mídia, legislação restritiva, distribuição desigual de propaganda governamental e um grande aparato estatal de mídia utilizado para descreditar os veículos de oposição ao presidente venezuelano.

Em 6 de junho, a Sociedade Interamericana de imprensa (SIP) já havia condenado as ameaças e agressões contra jornalistas e meios de comunicação no país. Em relatório recente, a Anistia Internacional mencionou restrições à liberdade de imprensa no país sob a administração de Hugo Chávez. Outro relatório, organizado pela organização Freedom House, dos Estados Unidos, chegou a conclusões semelhantes.

Centro Knight para o Jornalismo nas Américas já tem registrado um aumento de ataques contra jornais e outros periódicos na Venezuela. Em uma semana, três veículos de comunicação do país foram atacados. Uma repórter do jornal El Universal também já pediu proteção ao Ministério Público venezuelano por causa de ameaças que teria recebido a partir de sua cobertura sobre conflitos penitenciários.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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