No México, quando um jornalista faz uma pergunta crítica ao presidente durante suas coletivas de imprensa, ele é atacado nas mídias sociais disse a jornalista mexicana Gabriela Warkentin, da W Radio, durante evento “Mídia e democracia em tempos de raiva digital e polarização na América Latina”.
O fim melancólico do Jornal do Brasil não é necessariamente a regra que está sendo seguida por outros jornais brasileiros que, mais recentemente, têm também desistido de suas edições impressas diárias para priorizar as plataformas digitais.
Nunca antes na história do Brasil jornalistas e meios de notícias foram atacados da maneira como estão sendo alvo agora, disse Leandro Demori, editor executivo do site de investigação The Intercept Brasil.
O editorial “O lugar de cada um”, publicado no dia 5 de novembro no jornal O Globo, é mais um desdobramento na tensa relação entre Bolsonaro e a imprensa, alimentada pelos recorrentes ataques do presidente ao jornalismo crítico.
Cartunista Pedro X. Molina falou sobre a atual crise política na Nicarágua e como a mídia crítica se tornou alvo no processo. Sua fala foi parte do evento “Mídia e democracia em tempos de cólera e polarização digital na América Latina”.
Vinte anos atrás, os jornalistas não poderiam imaginar a situação atual da imprensa na Venezuela, segundo Luz Mely Reyes, diretora e cofundadora do site Efecto Cocuyo.
Entre 2014 e 2018, a Unesco registrou 495 assassinatos de jornalistas ao redor do mundo, e a América Latina e o Caribe foram a segunda região mais letal para os profissionais: aqui ocorreram 127 dessas mortes, um quarto do total.
Seria bobo e mentiroso dizer que não cometi erros. Mas a pior coisa que um jornalista pode fazer é acreditar que ele sabe alguma coisa definitivamente.
O repórter Néhémie Joseph, da Radio Méga, foi encontrado morto em seu carro em 10 de outubro em Mirebalais, Haiti, conforme noticiado pela Associated Press.
Seu assassinato nos impactou também porque vimos que não importa se você tem prêmios internacionais, por mais conhecido que você seja, todos estão em risco e, bem, o assassinato de Javier também, não sei, cada assassinato foi difícil.
A organização também observou que em Brasil, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, México e Nicarágua “se agrava a estigmatização de meios e jornalistas”.
Compilamos uma lista de bolsas bem conhecidas abertas a jornalistas de todo o mundo, e algumas destinadas especialmente a profissionais latino-americanos.