Desconhecidos invadiram a casa de Darío Ramírez, diretor da organização defensora da liberdade de expressão Artigo 19, no domingo 16 de março, e roubaram documentos de trabalho e computadores, de acordo com a publicação digital Animal Político. Esta foi a segunda agressão a um defensor da liberdade de expressão em menos de uma semana.
Após fechar por nove meses, o site de notícias em inglês The Nicaragua Dispatch voltou à Internet como a primeira plataforma jornalística com conteúdo principalmente produzido por blogueiros comunitários.
Em 12 de fevereiro, os violentos protestos em Caracas resultaram na morte de três pessoas. Algumas testemunhas enviaram vídeos e fotografias dos eventos ao jornal Últimas Noticias, que rapidamente publicou o material online. A gravação mostra forças policiais uniformizadas e pessoas com roupas de civis disparando contra manifestantes, uma versão dos fatos bastante distinta da apresentada pelos meios estatais.
No dia 28 de fevereiro o governo de Honduras ordenou o cancelamento de 5.429 ONGs, incluindo associações de defesa à liberdade de expressão como o Comitê pela Liberdade de Expressão (C-Libre ), que denunciou a decisão em um alerta emitido 7 de março, pedindo o apoio de organizações nacionais e internacionais.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro inaugurou na terça-feira, 11 de março, o programa semanal de rádio “Em contato com Maduro”, de acordo com o jornal digital Infobae. Com seu novo programa, Maduro imita o ex-mandatario Hugo Chávez, cujo programa “Alô Presidente” transmitia suas políticas e atividades a cada domingo.
Quando jornalistas se reúnem para debater o futuro da profissão, o diálogo costuma ser pessimista. Redações cada vez mais enxutas e espaços cada vez mais escassos para reportagens de peso nos veículos mainstream são algumas das queixas compartilhadas. Mas há quem veja no diagnóstico de crise do mercado tradicional de jornalismo uma fonte de oportunidades.
Jornalistas que cobrem protestos na Venezuela deveriam considerar utilizar coletes à prova de bala, disse Frank Smyth, assesor para a segurança de jornalistas do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), em uma nota de blog recente.
Organizações internacionais condenaram o aumento do assédio do governo a dois jornalistas hondurenhos, Julio Ernesto Alvarado e Dina Meza, nos últimos meses.
Já são 65 os casos de violações à liberdade de expressão na Venezuela entre 11 de fevereiro e 1º de março, segundo o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS). A organização publicou que desde que começaram os protestos em 12 de fevereiro, 69 jornalistas acabaram afetados pela situação. Entre as violações houve prisões agressivas e arbitrárias por agentes de segurança do Estado e ataques de manifestantes que simpatizam com o governo ou com a oposição.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assinou nesta quinta-feira, 6 de março, a primeira Lei de Transparência e Acesso à Informação Pública do país, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).
A Procuradoria Geral da República da Colômbia abriu uma investigação contra o canal público de Bogotá, Canal Capital, relacionada à cobertura das mobilizações convocadas pelo prefeito da cidade, Gustavo Petro Urrego, anunciou a emissora.
Ángel Santiesteban-Prats, o autor cubano do blog crítico “Los hijos que nadie quiso” (disponível em inglês como “The Children Nobody Wanted”), cumpriu o primeiro ano de prisão da sua sentença em 28 de fevereiro, informou Repórteres Sem Fronteiras, pedindo novamente que o escritor seja liberado.