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Jornalista e chefe de imprensa do governo venezuelano é assassinado na entrada de sua casa

As autoridades venezuelanas estão trabalhando para determinar o motivo do assassinato do jornalista e oficial de imprensa do governo Ricardo Durán.

Na manhã desta quarta, 20 de janeiro, policiais informaram que Durán foi morto enquanto entrava no prédio onde mora, no bairro de Caricuao, em Caracas.

O portal Efecto Cocuyo informou que “as investigações policiais preliminares determinaram que Durán Trujillo não teve seus pertences roubados, nem sequer sua pistola 9mm que estava em sua cintura”. A promotoria assegurou que testemunhas informaram sobre três homens que saíram de um automóvel com o objetivo de roubar o carro e os pertences do jornalista, mas que ele resistiu e os homens dispararam contra ele várias vezes.

Durán trabalhava para o canal estatal Venezolana de Televisión (VTV) e era chefe de imprensa do governo do Distrito Capital.

O jornal El Universal disse que “durante anos foi imagem e âncora da Venezolana de Televisión”.

“Durán foi um dos jornalistas-chave da comunicação sobre o ocorrido em abril de 2002, desde as próprias instalações do canal, em tempos em que reinou a confusão quando o então presidente Hugo Chávez foi retirado do cargo”, informou El Universal.

Também trabalhou como diretor de Comunicação e Informação da Assembleia Nacional e ganhou o Prêmio Nacional de Jornalismo em 2009, acrescentou o jornal.

Hasta la victoria siempre camarada! pic.twitter.com/ZNBfH9aIGf

— LUIS JOSE MARCANO (@luisjmarcano) January 20, 2016

Luis Jose Marcano, ministro do Poder Popular para a Comunicação e Informação, publicou no Twitter: “Lamentamos profundamente o assassinato do compatriota Ricardo Duran… Organismos de inteligência estão indo a Caricuao neste momento! [sic]”.

O portal TalCual citou um artigo de um jornal do Partido Comunista da Venezuela publicado em 2009 e informou que “Durán havia sofrido no passado vários atentados contra sua vida”.

Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ na sigla em inglês), a última vez que um jornaliista foi assassinado na Venezuela por motivos que estavam relacionados ao seu trabalho foi em 2009. Orel Sambrano, diretor do semanário ABC de la Semana e Radio América, recebeu um tiro em Valencia em 16 de janeiro de 2009, de acordo com a organização.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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