O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas se uniu projeto regional Infosegura, uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), para oferecer o curso online gratuito “Jornalismo de Dados para a Segurança Cidadã”, de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2024.
Ferramentas de inteligência artificial, jogos interativos e narrativas geolocalizadas são alguns dos elementos com os quais esses 10 projetos jornalísticos propuseram soluções para uma melhor prática do jornalismo ou fizeram uma cobertura excepcional de eleições, violações de direitos humanos e mudanças climáticas, entre outros temas, este ano na América Latina.
Com jogos interativos, os meios independentes Cuestión Pública e Convoca, da Colômbia e do Peru, buscam aproximar as notícias das audiências jovens, contribuindo para a alfabetização midiática e dando uma cara lúdica para investigações complexas.
Os casos da jornalista brasileira Schirlei Alves e do jornalista chileno Felipe Soto Cortés evidenciam o impacto da criminalização da difamação na liberdade de imprensa na América Latina. Uma sentença da Corte IDH contra o Chile aponta caminhos para combater o uso da lei penal para silenciar jornalistas na região.
Por ocasião do Dia do Jornalista na Guatemala, em 30 de novembro, o coletivo de jornalistas NoNosCallarán relatou os ataques que os profissionais têm sofrido por exercerem sua profissão e organizou uma concentração em frente ao Ministério Público contra a criminalização dos jornalistas.
Um Tribunal Superior da Colômbia condenou a 12 anos de prisão um dos envolvidos no caso de tortura agravada contra a jornalista Claudia Julieta Duque. Para a jornalista, há um gosto “amargo” enquanto o antigo agente permanecer fugitivo.
Estigmatização, ameaças, prisões e intimidações são alguns dos ataques que os jornalistas enfrentam ao cobrir eleições na América Latina. No último semestre de 2023, esses ataques foram evidentes nos processos eleitorais de Argentina, Colômbia e Venezuela.
Com frequência, meios de comunicação retratam a chegada do hidrogênio verde na América Latina como a "solução mágica" para as mudanças climáticas. Mas um grupo de jornalistas está fazendo uma cobertura mais crítica do impacto da produção de hidrogênio verde na região.
Um mês após a passagem do furacão Otis, jornalistas de Acapulco, no México, lutam para informar diante da falta de infraestrutura, dos equipamentos danificados e das perdas pessoais. O Otis agravou a situação já crítica do jornalismo no estado de Guerrero e colocou em risco os meios locais e os repórteres independentes.
No segundo congresso ibero-americano realizado pela rede Women In The News Network (WINN), jornalistas debateram o impacto da IA generativa nas redações, a importância da ética jornalística e como resgatar a credibilidade dos meios entre o público.
Depois de perceber que a mídia tradicional da região não costuma cobrir iniciativas de autogestão comunitária, a comunicadora mexicana Pamela Carmona criou o Autonomías Podcast, que conta histórias sobre como comunidades na América Latina conseguem acesso à água e cuidam do meio ambiente de forma autônoma.
Mapa interativo LupaMundi, da agência de fact-checking Lupa, joga luz sobre o estado global das leis contra informações falsas. Países da região em geral não têm leis específicas sobre o tema, e estudiosos alertam para riscos de instrumentalização política da pauta.