A Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa, na sigla em espanhol) publicou um comunicado denunciando uma série de ameaças e intimidações recentes a jornalistas no país. Reagir com violência à investigação de assuntos de interesse público já se tornou “um costume”, afirma o comunicado. Os casos citados são:
O jornalista dissidente Guillermo Coco Fariñas, em greve de fome e de sede há quatro meses, está em estado gravíssimo e corre risco de vida, diz o site Cubanet. Um coágulo na jugular esquerda, na altura do pescoço, poderia se deslocar para órgãos vitais como o coração, o cérebro, ou o pulmão, afirmou o jornal espanhol ABC.
A jornalista Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, retransmissora do SBT em Pontes e Lacerda, a oeste de Cuiabá, foi agredida com um tapa na cara na manhã de segunda-feira, 28 de junho, pelo vereador Lorivaldo Rodrigues de Moraes (DEM), conhecido como Kirrarinha. As informações são do portal Midia News.
O radialista e cronista de esporte Clóvis Silva Aguiar, 48 anos, foi assassinado na noite de quinta-feira, 24, na cidade de Imperatriz, no oeste do Maranhão, informou o Jornal Pequeno. Ele estava na porta da casa de sua mãe quando dois homens passaram em uma moto e atiraram três vezes, diz o jornal.
O Clarín, maior jornal da Argentina, publicou um editorial nesta terça-feira, 29 de junho, acusando o governo Cristina Kirchner de “agredir de forma sistemática a imprensa independente” e montar um “aparato de meios de comunicação privados e estatais para fazer propaganda de sua gestão”. O Clarín mantém uma relação conturbada com o atual governo.
O presidente do Senado de Porto Rico, Thomas Rivera Schatz, proibiu a entrada de jornalistas nas sessões da casa por três dias consecutivos, informou o jornal El Nuevo Día. Segundo a imprensa local, isso nunca havia ocorrido antes.
O jornalista Juan Francisco Rodríguez Ríos e sua esposa, María Elvira Hernández Galeana, foram assassinados a tiros dentro de um cybercafé de sua propriedade, no município Coyuca de Benítez, no estado de Guerrero, ao sul do México, informou o jornal El Universal.
A jornalista peruana Vicky Peláez, radicada em Nova York, está entre as dez pessoas detidas nos Estados Unidos por acusação de espionagem para a Rússia, informou a Associated Press. A suposta rede de agentes secretos se dedicaria a recrutar fontes políticas e compilar informações transmitidas a Moscou, afirma El País.
Um ano depois do golpe que depôs o presidente Manuel Zelaya, Honduras é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, afirma o Instituto Internacional da Imprensa (IPI, pela sigla em inglês), em um artigo que relata os assassinatos de profissionais da imprensa no país em 2010.
A imprensa jamaicana foi impedida de cobrir a prisão de Christopher Coke, acusado de envolvimento no tráfico de drogas e na recente onda de violência na capital, Kingston. Proibidos de acompanhar a extradição de Coke para os Estados Unidos, jornalistas locais tiveram que se contentar com as imagens feitas por fotógrafos e cinegrafistas estrangeiros, relata o Jamaica Observer.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) publicou seu relatório de 2010 sobre jornalistas exilados, que inclui um profissional da Guatemala.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pediu ao governo e aos legisladores brasileiros que aprovem uma proposta de emenda à Constituição permitindo que os crimes contra a vida de jornalistas, em razão de sua profissão, sejam julgados pela Justiça Federal. O pedido foi feito através de um comunicado da SIP e uma carta assinada por leitores de jornais de todo o continente, enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a parlamentares.