A inteligência artificial está transformando o modo de realizar tarefas que sempre foram responsabilidade de jornalistas, como escrever notícias, criar imagens e analisar dados.
A organização argentina pioneira Chequeado montou um laboratório para realizar experimentos com inteligência artificial. Em seu primeiro experimento, testaram como quatro modelos de IA poderiam ajudar a simplificar conceitos complicados.
Enquanto outros jornais cortavam seus suplementos infantis, o independente la diaria, do Uruguay, lançou a publicação mensal Gigantes e conquistou mais de dois mil assinantes em três anos. O segredo deles? Incorporar crianças e adolescentes no seu processo de produção e abordar temas que realmente os interessem, equilibrando informação e entretenimento.
A desinformação e os obstáculos ao acesso a informações públicas são alguns dos obstáculos que jornalistas de Bolívia, Colômbia e México têm enfrentado ao cobrir questões relacionadas à água. Os repórteres compartilharam recomendações para melhorar a cobertura da crise hídrica.
Um estudo do Reuters Institute mostrou que, de longe, a plataforma de IA generativa mais popular na Argentina é o ChatGPT, e que pouquíssimos a utilizam para obter notícias. Também descobriu que os argentinos têm um pouco mais de confiança nos meios de notícias fazendo uso responsável da tecnologia do que as pessoas em outros países. Dois jornalistas da Argentina compartilharam suas opiniões sobre as descobertas.
Após ter apresentado em março o VerificAudio, uma ferramenta de IA para detectar áudios manipulados e combater a desinformação, o grupo de mídia Prisa começará a usá-lo em suas rádios de notícias na Espanha, México, Colômbia e Chile. O grupo avalia colaborar com outros meios que estejam interessados na ferramenta.
Para mostrar o impacto da seca na indústria agropecuária argentina, uma equipe de jornalistas do La Nación conversou com mais de nove produtores rurais. Eles também entrevistaram especialistas para entender as perdas de toneladas de cereais, assim como os milhões de dólares que não entraram no mercado.
Jornalistas cada vez mais usam redes sociais e inteligência de fontes abertas para cobrir conflitos e fazer reportagens aprofundadas. Em um painel do ISOJ, palestrantes discutiram como essas técnicas, combinadas com métodos de colaboração e de verificação, estão revelando informações cruciais, desde a geolocalização de crimes de guerra até a identificação de pessoal militar em vídeos.
Dois meios locais brasileiros adotaram a inteligência artificial generativa para amplificar seu impacto e automatizar tarefas que demandam tempo e esforço preciosos de suas equipes enxutas. Conheça os projetos da Agência Tatu e do Farolete, que combinam raspagem de dados e a tecnologia do ChatGPT para produzir conteúdo baseado em dados públicos.
O veículo colombiano de jornalismo investigativo Cuestión Pública desenvolveu o Projeto Odin, ferramenta que utiliza metodologias de ponta de inteligência artificial para aproveitar informações de sua base de dados na cobertura de temas da atualidade. O Odin diminui o tempo de produção de conteúdo e permite que informações verificadas e contextualizadas cheguem a mais leitores.
Meios de comunicação, jornalistas e pesquisadores estão cada vez mais buscando espaços para refletir sobre o impacto da inteligência artificial na profissão nos últimos anos. A LJR apresenta uma lista de 10 guias ou livros escritos sobre o assunto em espanhol, inglês ou português que nenhum jornalista deve perder.
Illariy e Quispe Chequea são duas ferramentas desenvolvidas no Peru que utilizam recursos de inteligência artificial generativa para criar conteúdo em texto, áudio e vídeo em línguas originárias. Ambas as iniciativas têm demonstrado o potencial da tecnologia para levar informações a populações marginalizadas, ao mesmo tempo em que contribuem para a diversidade linguística do país.