Jornalistas e organizações de direitos humanos afirmam que as autoridades venezuelanas detêm e libertam jornalistas para controle e censura, usando a "punição como advertência" como ferramenta para incutir medo e silenciar a imprensa.
Ao menos seis jornalistas dominicanos foram alvo de ataques online após serem acusados de receber apoio do governo dos EUA, evidenciando como as narrativas políticas dos EUA repercutem na América Latina.
Zamora, conhecido por expor a corrupção de diferentes governos, foi mais uma vez preso após passar quatro meses em prisão domiciliar. Organizações de defesa da liberdade de imprensa afirmam que nova restrição faz parte de esforço para calar críticas. Prisão é “ilegal e arbitrária”, diz o seu filho José.
Duas leis que entraram recentemente em vigor e que impõem novas restrições aos veículos independentes e a suspensão do financiamento de agências dos EUA deixam a imprensa venezuelana com poucas opções de sobrevivência.
Irene Benito, coordenadora de um estudo sobre desertos de notícias em curso, diz em entrevista à LJR que a ausência de notícias não apenas deixa as comunidades sem informação, mas também prejudica a democracia.
Jornalistas exilados precisam lidar com a paralisação de seus pedidos de asilo e o fim do programa de parole humanitário. Aqueles que forem enviados de volta à Nicarágua ou à Venezuela irão regressar a regimes abertamente hostis à liberdade de imprensa.
Oficiais militares tentam descobrir a identidade de fontes anônimas, enquanto políticos chamam jornalistas e veículos de “pseudoveículos”. A autocensura é o resultado até aqui, advertem defensores da liberdade de imprensa.
Tercero promovia livros e o pensamento livre. Agora grupos de defesa da imprensa pedem respostas sobre ela e outros dois repórteres. O seu sumiço é um símbolo da repressão do regime da Nicarágua contra o pensamento livre.
Enquanto dois grupos armados lutam pelo controle do tráfico de drogas na região de Catatumbo, os jornalistas locais enfrentam novos riscos ao cobrirem a violência que já deslocou 36 mil pessoas.
A plataforma #Todos, criada por uma aliança de 10 veículos de comunicação independentes também se tornou um grito pela libertação de todos os presos políticos em Cuba.
Em 2024, jornalistas em vários países, como México, Nicarágua, Colômbia e Brasil enfrentaram cada vez mais violência, censura e assédio, mas perseveraram e produziram valiosas reportagens. Estas foram as publicações da LJR mais marcantes do ano para os nossos repórteres.
O exílio se tornou a única opção para centenas de jornalistas latino-americanos que fogem de violência, ameaças e perseguição em seus países. Para apoiá-los, a Sociedade Interamericana de Imprensa lançou a Rede Latino-Americana de Jornalismo no Exílio (Relpex).