Enquanto o governo chileno enfrenta pressões para se desvincular da propriedade de um canal de televisão, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a venda de ações de duas redes de TV sob intervenção governamental há quase dois anos, informou o jornal El Universo.
A imprensa pode ser proibida de divulgar o nome e a imagem de menores criminosos? O debate veio à tona esta semana em El Salvador, quando o jornal La Prensa Gráfica foi condenado por publicar uma sequência de fotografias em que um garoto de 17 anos esfaqueava um estudante em uma rua movimentada de San Salvador.
O presidente Tabaré Vázquez decidiu multar 36 rádios e canais de televisão que se recusaram a transmitir, em outubro, uma mensagem defendendo a anulação da lei de anistia, informaram os jornais El Espectador e Página 12. Por ordem direta do presidente, 363 meios de comunicação deveriam ter veiculado a propaganda em 22 de outubro, três dias antes de um plebiscito sobre o assunto.
A batalha midiática do presidente venezuelano contra o que ele chama de “meios de comunicação oligárquicos” ganhou uma nova frente. O programa de rádio “De repente com Chávez” estreou no dia 8 de fevereiro e, como sugere seu nome, pode ir ao ar a qualquer momento, e quantas vezes o presidente quiser, informou o jornal venezuelano El Nacional.
Os jornais latinoamericanos só sobreviverão com a ajuda do Estado, mas não necessariamente pela publicidade governamental, escreve Eduardo Bertoni, experiente analista de mídia, para o Huffington Post=.
O caso do site uruguaio Amenaza Roboto é notável. Em um ano, a plataforma multimídia que cobre ciência e tecnologia produzidas na América Latina para um público falante de espanhol está com as contas pagas.
Pacifista e Colombia2020, dois projetos informativos que compartilham o objetivo de cumprir um papel pedagógico, combinando a explicação de notícias relacionadas a questões de paz com uma análise criteriosa do contexto.
Em uma nota aos leitores em 17 de setembro, o New York Times anunciou abruptamente o fim de sua edição em espanhol, depois de mais de três anos, por razões financeiras
A crise do modelo de negócios do jornalismo tradicional se acirrou com a pandemia de coronavírus. No Brasil, jornais estão demitindo, reduzindo salário e cortando jornada de trabalho de jornalistas com o argumento de que já estão sentindo os efeitos da crise econômica. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), há registro de cortes de até 70% na remuneração dos profissionais.
A regra é trabalhar de casa e na América Latina muitas redações se adaptaram à situação. Isso vale para repórteres, editores e designers. No entanto, um grupo de profissionais de imprensa não tem esta possibilidade: fotojornalistas precisam estar nas ruas para retratar a crise de perto.
Redução ou suspensão das edições impressas, cortes de salário e demissões em massa. A pandemia de coronavírus atingiu em cheio a saúde financeira de empresas de mídia da América Latina num momento em que o trabalho jornalístico é essencial para a sociedade.
MyNews, completou dois anos com um público crescente de 345 mil inscritos, cerca de 30 pessoas contratadas e lucro de mais de meio milhão de reais em 2019.