"O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) manifestou preocupação com a acusação penal por difamação apresentada pela proprietária da empresa de rum Rhum Barbancourt contra o site de notícias independente AyiboPost e seu editor-chefe, Widlore Mérancourt, e pede às autoridades haitianas que revoguem as leis penais punitivas do país relativas à difamação, declarou a organização na sexta-feira, 6 de outubro.
Em 14 de setembro, os advogados da proprietária e CEO da Barbancourt, Delphine Gardère, apresentaram uma ação contra o AyiboPost e contra Mérancourt no Tribunal de Primeira Instância de Porto Príncipe, alegando que uma reportagem publicada por Mérancourt em 7 de junho no AyiboPost fazia afirmações difamatórias sobre a eleição de Gardère como presidente da Câmara Franco-Haitiana de Comércio e Indústria.
'... Fazer acusações contra um jornalista respeitado para desacreditar seu trabalho é um comportamento profundamente preocupante por parte de uma das maiores empresas do Haiti', declarou Cristina Zahar, coordenadora do programa do CPJ para a América Latina e o Caribe, em São Paulo. 'As autoridades judiciais haitianas deveriam proteger os jornalistas, que já trabalham em um ambiente de segurança precário, e o governo deveria revogar as draconianas leis de difamação do Haiti'".
