Ao mesmo tempo em que os direitos das mulheres avançaram na Argentina, seis em cada dez mulheres jornalistas sofreram violência online nos últimos seis anos, aponta estudo da Anistia Internacional. “Quando se avança em algo, a resistência é maior”, disse uma editora de gênero.
A pesquisa da jornalista brasileira Vanessa de Macedo Higgins Joyce concentrou-se em Argentina, Brasil e Colômbia e descobriu como meios digitais de notícias podem criar consenso em sociedades polarizadas.
Três jornalistas premiados da Argentina, Colômbia e Cuba compartilham sugestões para melhorar a reportagem, as entrevistas e o uso da linguagem no jornalismo narrativo.
A organização argentina pioneira Chequeado montou um laboratório para realizar experimentos com inteligência artificial. Em seu primeiro experimento, testaram como quatro modelos de IA poderiam ajudar a simplificar conceitos complicados.
Lalo de Almeida, do Brasil, Carlos Ernesto Martínez, do site investigativo salvadorenho El Faro, John Otis, da NPR e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas nos EUA, e Frances Robles, do The New York Times, receberam as Medalhas de Ouro do Prêmio Maria Moors Cabot 2024. Menções especiais foram para InSight Crime e Laura Zommer.
No fim de junho, o Fórum de Jornalismo Argentino (Fopea) disse que prints falsos de supostas conversas de sua comissão diretora foram disseminados em uma “clara campanha de difamação por parte de operadores digitais ligados ao governo”. O próprio presidente do país, Javier Milei, participou dos ataques. Paula Moreno, presidente do Fopea, falou à LJR sobre o episódio, que se insere em um contexto de tensões entre o governo e a imprensa.
Um estudo do Reuters Institute mostrou que, de longe, a plataforma de IA generativa mais popular na Argentina é o ChatGPT, e que pouquíssimos a utilizam para obter notícias. Também descobriu que os argentinos têm um pouco mais de confiança nos meios de notícias fazendo uso responsável da tecnologia do que as pessoas em outros países. Dois jornalistas da Argentina compartilharam suas opiniões sobre as descobertas.
A importância de monitorar a desinformação em campanhas políticas, os riscos do uso das redes sociais para influenciar o discurso público e o papel atual do fact-checking foram alguns dos temas abordados por painelistas de Argentina, Brasil e México no Festival Internacional de Jornalismo 2024, em Perugia, Itália.
Casos de espancamentos, agressões e ofensas de torcedores contra jornalistas têm se multiplicado em muitos países da América Latina. Por trás dos ataques, podem estar novos códigos de conduta entre torcedores violentos e uma intolerância profunda à diferença.
Desde 4 de março, os escritórios da agência de notícias estatal argentina Télam estão cercados pela polícia. Seus funcionários foram suspensos, seus serviços foram interrompidos e seu site está fora do ar. Trabalhadores da Télam se mobilizam em atos públicos, publicam um site alternativo e preparam um projeto de lei para defender a agência.
Meios de comunicação grandes e pequenos da América Latina aderiram à onda do uso de vídeo vertical, o formato feito para celular, por meio do YouTube Shorts. A LatAm Journalism Review entrevistou representantes de três meios de comunicação latino-americanos para descobrir como esse formato os beneficiou.
Desde que Javier Milei, da direita radical, assumiu a presidência da Argentina, em 10 de dezembro de 2023, uma série de manifestações contra as suas medidas de emergência ocupa as ruas do país. As últimas manifestações ocorreram no início de fevereiro e o governo reprimiu a imprensa de forma mais brutal do que em outras ocasiões, dizem jornalistas.