Apostar em um jornalismo colaborativo, restabelecer a conexão com o público e incorporar o uso da tecnologia estão entre as medidas eficazes apresentadas pelas participantes da mesa “Como o jornalismo tem reagido a ondas de desinformação”, do webinar “Jornalismo em tempos de polarização e desinformação na América Latina”
Jornalistas que vivem e trabalham nas favelas do Rio trabalham pelo mantra "nós por nós" (informalmente, Nós, por Nós), criando suas próprias iniciativas de mídia com jornalismo por e para si mesmos. Eles fazem isso para falar sua própria voz ao seu próprio povo, aqueles que a mídia tradicional - e o Estado - geralmente esquece.
O parto durante a migração, a epidemia de Zika e pandemia de COVID-19 foram os temas vencedores da nona edição do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, que celebra a cobertura de saúde na América Latina.
A mais recente edição do Índice Chapultepec de Liberdade de Imprensa e de Expressão nas Américas, da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), registrou uma melhoria de 4,2 pontos na média dos 22 países avaliados no continente. O panorama geral mais positivo vem com resultados ruins de três dos maiores países da região, Argentina, México e Brasil, que foram os que perderam mais pontos no ranking.
O CPJ publicou o Índice de Impunidade Global que classifica os 12 principais países onde os autores de crimes contra jornalistas ficam impunes. México e Brasil são os países da região que estão na lista.
Na falta de políticas públicas específicas para financiar atividades jornalísticas, veículos de pequeno porte do Brasil fazem uso de editais de incentivo à cultura para obter recursos. O país tem uma longa tradição de financiamento público a atividades culturais e jornalistas e especialistas defendem a mesma abordagem com o jornalismo para enfrentar os desertos de notícias e desinformação.
Estudantes lançaram, ainda na faculdade e com apenas R$ 200, a Tatu, agência de jornalismo de dados especializada na cobertura do estado de Alagoas. Hoje a startup conta com oito funcionários, já se sustenta financeiramente e busca ampliar a cobertura.
Report for the World, um programa da organização internacional de notícias The GroundTruth Project, está fazendo parceria com os nativos digitais brasileiros Marco Zero e InfoAmazonia para financiar cargos de reportagem e oferecer treinamento para suas redações.
Na entrevista, Brum fala sobre as vezes em que sofreu assédio sexual e discriminação nas redações brasileiras, sobre a experiência de ser mãe aos 15 anos e a falta de apoio no trabalho, além da decisão de se mudar para o interior da Amazônia
A fotojornalista brasileira radicada nos Estados Unidos, Adriana Zehbrauskas, reconhecida internacionalmente pela sensibilidade e empatia na cobertura de pessoas em situação de vulnerabilidade nas Américas. Ela é uma das ganhadoras do Prêmio Maria Moors Cabot de 2021, a primeira edição com apenas mulheres como vencedoras.
Uma pesquisa da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) e do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio) mostra que as redes sociais se tornaram um território hostil para a imprensa no Brazil. Num período de três meses, entre 14 de março e 13 de junho de 2021, os pesquisadores identificaram 498.693 ataques a jornalistas e à imprensa de uma forma geral no Brasil. Um quinto do total dos ataques veio de contas com alta probabilidade de comportamento automatizado, ou seja, robôs.
O relatório do Reuters Institute for the Study of Journalism sobre a confiança das pessoas nas notícias coletou dados em quatro países: Brasil, Índia, Reino Unido, e EUA.