A fotojornalista brasileira radicada nos Estados Unidos, Adriana Zehbrauskas, reconhecida internacionalmente pela sensibilidade e empatia na cobertura de pessoas em situação de vulnerabilidade nas Américas. Ela é uma das ganhadoras do Prêmio Maria Moors Cabot de 2021, a primeira edição com apenas mulheres como vencedoras.
Uma pesquisa da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) e do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio) mostra que as redes sociais se tornaram um território hostil para a imprensa no Brazil. Num período de três meses, entre 14 de março e 13 de junho de 2021, os pesquisadores identificaram 498.693 ataques a jornalistas e à imprensa de uma forma geral no Brasil. Um quinto do total dos ataques veio de contas com alta probabilidade de comportamento automatizado, ou seja, robôs.
O relatório do Reuters Institute for the Study of Journalism sobre a confiança das pessoas nas notícias coletou dados em quatro países: Brasil, Índia, Reino Unido, e EUA.
Os pesquisadores observaram 80 sites de notícias de 20 países da América Latina e identificaram três que se destacaram ao tornar a audiência uma peça ativa na construção da notícia: os nativos digitais GK (Equador), The Intercept (Brasil) e RED/ACCIÓN (Argentina). De acordo com a pesquisa, publicada no Brazil Journalism Research, o modelo de negócio dos três veículos, baseado na receita direta da audiência, cria mais espaços de colaboração com o público.
Nova iniciativa articula organizações de jornalistas e comunicadores para receber denúncias de ameaças, agressões e violações da liberdade de imprensa no Brasil. Coordenada pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Artigo 19, a Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores conta com ferramenta de denúncia online e oferecerá cursos de formação e proteção para aprimoramento da prática jornalística no país.
Além da Folha, o Nexo Jornal também lançou em 2021 um programa de treinamento exclusivo para pessoas negras. Estas iniciativas buscam derrubar algumas das barreiras que dificultam a entrada e a permanência de jornalistas negros nas redações brasileiras, também levando debates sobre racismo e branquitude para dentro das organizações.
A Repórter Brasil comemora 20 anos em 9 de outubro, data em que o site foi lançado originalmente. Para marcar o aniversário, a LJR conversou com pessoas-chave da organização para contar como ela funciona, sua forma de fazer jornalismo e os planos para o futuro.
Nos últimos anos, vários meios digitais na América Latina, do México ao Chile, decidiram traduzir e criar conteúdo em inglês como forma de atingir novos públicos e, assim, aumentar seus lucros. Embora nem sempre seja fácil.
Projeto inovador de quatro veículos de jornalismo amplia a distribuição de conteúdo nas periferias e favelas enquanto contribui para ampliar as receitas para as redações. Lançado inicialmente em São Paulo, a iniciativa conta com 25 telas instaladas em estabelecimentos comerciais por onde passam até 800 mil pessoas por mês.
O diagnóstico é do pesquisador brasileiro Giuliander Carpes, doutorando em ciências da comunicação e informação na Universidade Toulouse III, que acaba de publicar um estudo sobre o assunto
Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação tem como missão ampliar a representatividade de jornalistas negros nos meios de comunicação brasileiros. Formada em 2018, incialmente através de um grupo no Whatsapp para compartilhar oportunidades de trabalho entre jornalistas negros, a rede evoluiu para firmar parcerias com empresas de recursos humanos e organizações internacionais e hoje conta com mais de 200 jornalistas
Para os meios digitais latino-americanos, as lições aprendidas com os experimentos de financiamento por parte do leitor estão sendo transformadas em programas de membros que oferecem a possibilidade de um futuro mais sustentável.