Folha de S. Paulo, diário de maior circulação do Brasil, surpreendeu a indústria jornalística no dia 8 de fevereiro ao anunciar que deixaria de publicar conteúdo no Facebook. A direção do jornal acredita que mudanças recentes no algoritmo da rede social diminuem a visibilidade do jornalismo profissional e favorecem a propagação de conteúdo mentiroso. O editor-executivo do jornal, Sérgio Dávila, afirma que há notícias de movimentações semelhantes em outras redações.
A Polícia Civil brasileira prendeu no dia 9 de fevereiro quatro suspeitos de terem participado do assassinato do radialista Jefferson Pureza, na cidade de Edealina, Estado de Goiás. Entre os presos está o vereador José Eduardo Alves da Silva, do Partido da República (PR), que é apontado pela polícia como o mandante do crime ocorrido no dia 17 de janeiro.
Têm sido anos tumultuosos para o noticiário brasileiro. Um ano após o frenesi da Copa do Mundo e das eleições presidenciais que terminaram em impeachment alguns meses depois, as redações olharam para dentro: qual seria a próxima a ter redução de pessoal? Como várias empresas demitiam empregados, alguns jornalistas em São Paulo começaram a se perguntar quantos repórteres e editores ficaram desempregados no encolhimento do setor de notícias no Brasil nos últimos dois anos.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) anunciou em 24 de janeiro que membros da entidade vão investigar o assassinato do radialista Jefferson Pureza Lopes, morto a tiros no dia 17 de janeiro na cidade de Edealina, no Estado de Goiás.
A atividade em mídias digitais e sociais continua a aumentar em todo o mundo, e a América Latina não é exceção.
Sete meses após o último registro de um jornalista assassinado em represália por seu trabalho no Brasil, o país registrou dois assassinatos de jornalistas em apenas dois dias.
A tramitação de projetos de lei na Câmara dos Deputados vai passar a ser acompanhada de perto por um novo setorista: um robô produtor de notícias, o primeiro do tipo no Brasil.
Os eleitores brasileiros terão uma ajudante robô para combater a desinformação nas eleições gerais deste ano. O nome dela é Fátima, uma bot conversacional que está sendo desenvolvida pela equipe do site de checagem Aos Fatos em parceria com o Facebook. O lançamento está programado para junho.
É possível que um veículo de mídia digital em rápido crescimento, que se dedica exclusivamente a questões judiciais e que cobra por informações, obtenha sucesso e se torne sustentável no atual ambiente da mídia? Os fundadores do site brasileiro JOTA - batizado por causa do J em Justiça - estão demonstrando que sim, que tudo isso é possível.
Se você é uma mulher trabalhando em uma redação, talvez os relatos acima pareçam familiares. Eles foram colhidos em grupos focais para o relatório “Mulheres no Jornalismo Brasileiro”, feita em parceria entre a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o site de jornalismo Gênero e Número. Os resultados apontam que 70,4% das mulheres que responderam ao questionário online da pesquisa já receberam cantadas que as deixaram desconfortáveis no exercício da profissão. Outras 70,2% afirmaram já ter presenciado ou tomado conhecimento de assédio a colegas no ambiente de trabalho.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou no dia 29 de novembro o recurso em segunda instância do fotógrafo brasileiro Sérgio Silva, que pedia indenização ao Estado por ter perdido o olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha enquanto cobria um protesto em São Paulo em 13 de junho de 2013.
Há apenas dois anos, o jornalismo de dados começava a amadurecer no Brasil, obtendo reconhecimentos e premiações como um método efetivo de revelar tendências e produzir matérias que antes não seriam possíveis. Hoje, o país celebra uma comunidade consolidada e crescente. O Brasil se tornou um ponto de encontro para profissionais de todo o mundo.