Relatório da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) traz resultados de um ano de monitoramento de ataques à imprensa na Amazônia brasileira. A organização conecta as emergências jornalística e climática na região, destacando a importância do jornalismo independente e local no enfrentamento de um dos maiores desafios que a humanidade já enfrentou.
A recém-lançada Amazônia Vox quer conectar profissionais da comunicação e especialistas da Amazônia brasileira a jornalistas e meios de outras regiões. A plataforma também vai produzir reportagens a partir da e sobre a Amazônia, destacando como as populações amazônicas têm desenvolvido soluções para os problemas que enfrentam.
Quatro anos depois da nomeação de Mariana Iglesias no jornal argentino Clarín, editoras de gênero promovem mudanças na cobertura jornalística, trabalham para consolidar suas posições e enfrentam violência online sem precedentes. A LatAm Journalism Review conversou com editoras de gênero de quatro países para entender o estado atual dessas profissionais na região.
Em 2022, ano de uma das eleições mais acirradas do Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 557 casos de agressão contra jornalistas, 26% envolvendo algum tipo de violência de gênero. Desse grupo, 5% foram categorizados como episódios de violência sexual. Jornalistas que foram alvo desses ataques falam sobre o impacto em seu trabalho e em suas vidas pessoais.
Uma coletânea de estudos sobre a cobertura da violência contra mulheres no Sul Global constatou avanços na Argentina e no México, enquanto no Brasil se destacaram os vieses de raça e classe. Coeditora do volume disse à LJR que espera que o trabalho evidencie como a cobertura jornalística está conectada a este “enorme problema sistêmico global”.
Os ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas não reduziram a cobertura midiática durante o seu mandato. Em vez disso, os jornalistas utilizaram as críticas como motivação, mostra um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Texas e publicado no periódico The International Journal of Press/Politics. Entrevistas com 18 jornalistas alvos de ataques revelaram uma determinação reforçada, em uma evidência da resiliência do jornalismo brasileiro frente a adversidades.
Após 57 anos de profissão, o jornalista brasileiro Lúcio Flávio Pinto anunciou o encerramento de sua “atividade jornalística pública diária” devido ao agravamento do mal de Parkinson. Sinônimo de cobertura independente e intrépida sobre a Amazônia e a corrupção dos poderes políticos e econômicos na região, Pinto conversou com a LJR e refletiu sobre sua trajetória.
Nos últimos meses, a liberdade de imprensa enfrentou uma onda de censura judicial no Brasil, com reportagens retiradas do ar, revistas recolhidas das bancas e um documentário sendo proibido. As decisões judiciais entram em conflito com a Constituição, que favorece a liberdade de informação, e motivam discussões sobre a necessidade de novas leis para proteger os jornalistas.
As jornalistas esportivas brasileiras não só estão ganhando cada vez mais espaço na mídia, como também têm conseguido mais cobertura para o esporte feminino. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, a Copa do Mundo Feminina é a melhor oportunidade para consolidar o que foi conquistado até agora.
Jornalistas e meios de investigação do Brasil discutiram as coalizões formadas e medidas adotadas durante as eleições presidenciais do ano passado em um encontro mundial de jornalismo em Seul. A responsabilidade das plataformas de mídia social na disseminação da desinformação também foi tema de debate.
Uma ação judicial que pode cassar a outorga pública da rádio de extrema direita mais uma vez alimenta a discussão sobre os limites do combate à desinformação. O processo acusa a emissora de disseminar conteúdo que prejudicou o processo eleitoral, incitou a desobediência civil e promoveu um golpe de Estado. Especialistas analisam o caso e destacam a compatibilidade das alegações da acusação com a legislação brasileira.
Reportagens publicadas por El Espectador (Colômbia), IDL-Reporteros (Peru) e Réporter Brasil (Brasil) ganharam o Prêmio Gabo 2023 nas categorias de Texto, Imagem e Cobertura, respectivamente. A cerimônia de premiação também homenageou a jornalista Jennifer Ávila (Honduras) e denunciou as injustiças contra o jornalista guatemalteco José Rubén Zamora, que está preso há quase um ano.