A sétima edição da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais - Coda.Br, que acontece entre 31 de outubro e 6 de novembro, terá novamente um evento presencial em São Paulo, após dois anos de edições integralmente online por conta da pandemia de Covid-19. Mas a conferência também contemplará pessoas ao redor do mundo que queiram acompanhar paineis e workshops online, como uma celebração do legado do jornalista norte-americano Philip Meyer, que cunhou a expressão “jornalismo de precisão” para designar o trabalho com dados na profissão.
Além do podcast, o Projeto Querino conta com série de reportagens longas publicadas na revista piauí. Mais de 40 profissionais trabalharam por dois anos e oito meses na pesquisa e produção. Inspirado no Projeto 1619, do New York Times, o Querino traz um olhar afrocentrado para a história do Brasil para contribuir para o entendimento dos desafios políticos e sociais atuais do país.
Árvore considerada “rainha da Amazônia”, a sumaúma é um dos símbolos dessa floresta tropical que cobre grande parte da América do Sul. Este ícone da magnificência amazônica batiza uma iniciativa jornalística que publica reportagens e artigos em português, espanhol e inglês com o objetivo de ampliar as vozes da floresta e “recentralizar o mundo”, como disse Eliane Brum, uma das fundadoras de Sumaúma, em entrevista à LatAm Journalism Review (LJR).
Quinto Elemento Lab, Conexión Migrante, Agência Pública e ((o))eco são alguns dos novos veículos parceiros do programa de apoio a jornalistas Report for the World, que, em seu primeiro ano de operação no Brasil, conseguiu impulsionar a cobertura jornalística dos assuntos sobre a Amazônia.
Assédio moral, censura, clima de medo por perseguição no trabalho, desvalorização e falta de diálogo. Dezesseis jornalistas da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) entregaram declarações por escrito descrevendo sit. uações humilhantes e constrangedoras no dia a dia da empresa a partir da chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
A Coar é um projeto de checagem com foco nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, onde é maior a incidência de cidades sem veículos de jornalismo -- os desertos de notícias. Com recursos limitados, a Coar aposta em parcerias com rádios, TVs e portais regionais para tornar checagens mais acessíveis.
Desde sua criação, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) tem permanecido fiel a seus princípios fundadores: formação profissional, defesa da liberdade de expressão e do direito de acesso à informação pública. A Abraji não se tornou apenas uma organização de jornalistas com uma voz importante no cenário da mídia brasileira, mas também uma referência para associações em outros países.
Pouco mais de um ano após ser fundada por um grupo de 30 organizações jornalísticas brasileiras, a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) ultrapassou recentemente a marca de 100 associadas, um feito para a entidade dedicada a fortelecer o jornalismo digital no Brasil. O crescimento da associação evidencia a diversidade do setor no país, que a Ajor pretende ajudar a ser reconhecido também por sua importância econômica.
A segunda edição da Jornada Galápagos de Jornalismo está com inscrições abertas até 19 de setembro. Nesta edição, que ocorre três anos depois da primeira, a programação inclui mais aulas práticas e mais tempo para interação entre os participantes e convidados.
A diversificação das fontes de financiamento e a participação ativa do Estado são elementos fundamentais para garantir a viabilidade econômica dos veículos de comunicação. Especialistas reunidos durante painel no Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) defenderam uma mudança de paradigma em favor de uma diversificação de fontes de arrecadação.
No Brasil, onde 43,2% da população se identifica como branca e 55,7% como negra, as redações são compostas por 77% de funcionários brancos. Pesquisa constatou os efeitos da falta de diversidade na produção de notícias e nos próprios jornalistas.
Em 2022, as duas cooperativas de jornalistas brasileiros mais antigas ainda em atividade completam 15 anos de atividades ininterruptas: a Tribuna Independente e o Portal Desacato. Os feitos, dignos de celebração, ocorrem com uma dose diária de resiliência e esforço financeiro dos jornalistas que encontraram na autogestão uma solução para sobreviver no mercado.