O jornalista José Rubem Pontes de Souza, 39 anos, foi morto a tiros na madrugada deste sábado na frente de um bar em Paraíba do Sul, a 147 quilômetros do Rio de Janeiro, informou O Globo. Ele é o terceiro jornalista assassinado no Brasil em 15 dias (dos outros dois casos, um está claramente relacionado ao exercício da profissão).
A Polícia Federal vai convocar o diretor de redação do jornal Estado de Minas, Josemar Gimenez, para depor sobre as quebras de sigilo fiscal de tucanos e familiares do candidato à Presidência José Serra (PSDB), que seriam usadas para um suposto dossiê, informou o Terra.
Num ambiente de disputa acirrada no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, alguns meios de comunicação entraram na briga e tomaram partido, de forma às vezes óbvia e outras nem tanto, nas votações de 31 de outubro.
Seis estados brasileiros avaliam a criação de conselhos para monitorar a mídia, informam a Folha de S. Paulo e O Globo. A iniciativa está mais avançada no Ceará, onde a Assembleia Legislativa aprovou na semana passada a criação de um Conselho Estadual de Comunicação Social vinculado à Casa Civil, com a função de “formular e acompanhar a execução da política estadual de comunicação”, além de fiscalizar, monitorar e produzir relatórios sobre as atividades da mídia, explica a Folha. O projeto ainda precisa passar pela sanção do governador.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Federação dos Radialistas (Fitert) entraram com uma ação pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare “a omissão inconstitucional” do Congresso Nacional em regulamentar os artigos da Constituição Federal que tratam da comunicação, em assuntos como direito de resposta, proibição do monopólio e a criação de percentuais de conteúdo regional nas programações das emissoras de rádio e TV.
A Polícia Federal deve indiciar o jornalista Amaury Ribeiro Júnior no inquérito sobre violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato à Presidência José Serra (PSDB), afirmam O Estado de S. Paulo e O Globo.
A polícia do Rio Grande do Norte prendeu em Caicó, no interior do Estado, o desempregado João Francisco dos Santos, assassino confesso do jornalista e radialista Francisco Gomes de Medeiros, conhecido como F. Gomes, informou a Agência Estado.
O jornalista Paulo Beringhs, apresentador de um programa de notícias na TV Brasil Central, mantida pelo governo de Goiás, declarou ao vivo que a emissora recebeu ordens para não entrevistar o candidato a governador Marconi Perillo (PSDB), como relata o Portal Imprensa. Segundo o jornalista, a ordem teria partido do candidato adversário no segundo turno Iris Rezende (PMDB), apoiado pelo governador Alcides Rodrigues (PP). Beringhs afirmou que Rezende também foi convidado para a entrevista mas cancelou sua participação, e que seu grupo tem "tradição de censurar a imprensa", repercute a Folha de S. Paulo.
O repórter e radialista Francisco Gomes de Medeiros, 46 anos, foi executado a tiros por pistoleiros na calçada de sua casa em Caicó, a 290 quilômetros de Natal, na noite de segunda-feira, 18 de outubro, informou o blog Repórter de Crime, do jornal O Globo. F. Gomes, como era conhecido, trabalhava na rádio Caicó, escrevia um blog e passou por diversos veículos de comunicação no Estado. Ele é o segundo jornalista morto em três dias no Brasil.
O jornalista Wanderlei dos Reis, 42 anos, foi baleado por três homens na noite de sábado, 16 de outubro, dentro de sua casa em Ibitinga, a 347 quilômetros de São Paulo, informou O Estado de S. Paulo. Ferido gravemente na perna, ele chegou a passar por uma cirurgia mas morreu na manhã de domingo no hospital.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, irritou-se com a imprensa durante uma entrevista coletiva na quarta-feira, 13, em Porto Alegre, e acusou o jornal Valor Econômico de atuar em favor da adversária Dilma Rousseff (PT), informaram o iG e a Folha de S. Paulo.
A demissão da psicanalista Maria Rita Kehl da função de colunista de O Estado de S. Paulo, depois de ter escrito um artigo sobre a “desqualificação” dos votos dos pobres no Brasil, gerou grande repercussão e acusações de censura ao jornal, como relata o Terra Magazine.