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Em discurso de posse, Dilma promete garantir liberdade de imprensa

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  • 1 novembro, 2010

Por Maira Magro

Em seu primeiro discurso como presidente eleita do Brasil, em um hotel em Brasília, Dilma Rousseff destacou o papel da imprensa e prometeu que em seu futuro governo irá garantir a liberdade de expressão.

O assunto gerou polêmica durante as eleições, com acusações da esquerda de que alguns órgãos da grande mídia estavam atuando como um partido golpista para impedir a vitória de Dilma. A presidente eleita admitiu, no entanto, que se incomodou com algumas matérias durante o processo eleitoral: “Não nego que às vezes algumas coisas difundidas me deixaram triste”, afirmou. “Mas somos amantes da liberdade”, ressaltou, sob aplausos da plateia (veja o vídeo do discurso).

Dilma obteve 56% dos votos válidos, contra 44% de José Serra, do PSDB. Após a divulgação do resultado, o candidato derrotado também fez um discurso de agradecimento, no qual mencionou as redes sociais: “Vou carregar comigo cada olhar, cada abraço, cada palavra, cada mensagem de estímulo em vibração, inclusive no meu Twitter.” (Leia a íntegra do discurso de Serra no site do Estadão).

A vitória da economista de 62 anos, primeira mulher eleita presidente do Brasil, foi destaque na imprensa do mundo inteiro. O New York Times chamou a atenção para uma “onda crescente de mulheres líderes na região”. O inglês The Guardian puxou para o passado de Dilma como “ex-rebelde marxista que foi presa e torturada durante a ditadura”. O argentino La Nación mencionou as propostas de política para a América Latina, e o Clarín destacou que a presidente brasileira é "uma mulher decidida que um dia sonhou em ser bailarina ou trapezista".

ascendência búlgara de Dilma foi outro assunto para diversas matérias na mídia brasileira. Na Bulgária, a futura presidente virou uma febre, com a imprensa destacando, com certo exagero, a vitória de uma “búlgara para presidir a sétima maior economia do mundo” - Dilma é filha de pai búlgaro, mas nasceu no Brasil.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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