Um novo relatório da Unesco confirma o que muitos jornalistas e pesquisadores já pensavam: o jornalismo de qualidade é bom para a democracia, o engajamento cívico e a responsabilidade do governo. Além disso, o investimento público no jornalismo aumenta a confiança dos cidadãos e promove os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.
As principais responsabilidades de um jornalista devem ser relatar realidade como ela é e servir de contrapeso ao poder sem medo de se posicionar diante de atos de autoritarismo, violações de direitos humanos e corrupção, disse o jornalista em conversa com o editor-chefe do El País, Borja Echevarría.
Ao receber o Grande Prêmio de Chapultepec 2021, o editor Marty Baron reconheceu não apenas seu próprio objetivo de lutar por uma imprensa independente para garantir a democracia, mas as batalhas travadas por seus colegas latino-americanos para fazer o mesmo.
Maria Ressa é a primeira palestrante do Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), organizado pelo Centro Knight, que neste ano está ocorrendo virtualmente pela primeira vez. Seu painel “O impacto da tecnologia na democracia” foi mediado por Reg Chua, editor-gerente global da Reuters.
No México, quando um jornalista faz uma pergunta crítica ao presidente durante suas coletivas de imprensa, ele é atacado nas mídias sociais disse a jornalista mexicana Gabriela Warkentin, da W Radio, durante evento “Mídia e democracia em tempos de raiva digital e polarização na América Latina”.
Nunca antes na história do Brasil jornalistas e meios de notícias foram atacados da maneira como estão sendo alvo agora, disse Leandro Demori, editor executivo do site de investigação The Intercept Brasil.
O editorial “O lugar de cada um”, publicado no dia 5 de novembro no jornal O Globo, é mais um desdobramento na tensa relação entre Bolsonaro e a imprensa, alimentada pelos recorrentes ataques do presidente ao jornalismo crítico.
Cartunista Pedro X. Molina falou sobre a atual crise política na Nicarágua e como a mídia crítica se tornou alvo no processo. Sua fala foi parte do evento “Mídia e democracia em tempos de cólera e polarização digital na América Latina”.
Vinte anos atrás, os jornalistas não poderiam imaginar a situação atual da imprensa na Venezuela, segundo Luz Mely Reyes, diretora e cofundadora do site Efecto Cocuyo.
Pelo menos três meios de comunicação foram retirados do ar e 14 jornalistas foram atingidos por balas de chumbinho, agredidos fisicamente ou sofreram outras agressões enquanto realizavam seu trabalho em um dia tenso na Venezuela
No Brasil, um dos dez países com maior índice de impunidade em crimes contra jornalistas em todo o mundo, três projetos de lei em tramitação no Congresso propõem endurecer o tratamento penal de autores de violência contra jornalistas e profissionais de imprensa.
Carmen Aristegui, uma das jornalistas mais reconhecidas do México, disse que o seu país vive “uma crise profunda em matéria de direitos humanos, feita de assassinatos e desaparecimentos de jornalistas e de [outras] pessoas”.