O site de jornalismo investigativo peruano IDL-Reporteros recebeu, pela terceira vez nesta semana, uma solicitação de autoridades judiciais e legislativas para revelar suas fontes jornalísticas após publicar uma reportagem que revela supostos atos de corrupção no sistema judicial peruano.
O premiado Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) acolheu sete jornalistas latino-americanos em sua rede.
O jornalista investigativo venezuelano Joseph Poliszuk, co-fundador e editor-chefe de Armando.info, é um dos dois “corajosos pioneiros da informação digital” a receber o Knight International Journalism Award.
Em 3 de outubro, o governador de Porto Rico anunciou que 63 dos 69 hospitais no território norte-americano estavam "em operação". Seria uma conquista inacreditável, já que o furacão Maria havia causado uma catástrofe quase duas semanas antes, como furacão da categoria 4. Independentemente disso, uma organização local sem fins lucrativos focada em jornalismo investigativo procurou descobrir a verdade.
Assim como nos Panama Papers, os jornalistas latino-americanos desempenharam papéis fundamentais na gestão, apuração e edição da investigação global conhecida como Panama Papers, projeto jornalístico liderado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), que analisa 13,4 milhões de documentos revelando atividades offshore de indivíduos e empresas de todo o mundo.
Enquanto o jornalismo experimenta vertiginosamente a mudança do impresso para o digital, o site peruano de jornalismo investigativo Ojo Público aposta em fazer o oposto. Pelo menos em parte.
Em seus dois anos de existência, o site peruano Convoca produziu reportagens investigativas com base na lei de transparência e acesso à informação que foram premiadas internacionalmente e até motivaram uma mudança legislativa no Peru. Agora, o Convoca vai usar sua experiência para ajudar a formar as próximas gerações de jornalistas investigativos fiscalizadores do poder público no país.
"São 17 anos dessa 'conta vermelha' (cuenta roja), na qual não paramos de contar o número de jornalistas mortos. São 109, e uma boa parte deles nas duas últimas administrações", disse Daniela Pastrana, diretora da organização mexicana de jornalistas Periodistas de a Pie. "Mas a contagem começou, paradoxalmente, com o início da transição democrática. Essa é uma das coisas que ainda não posso explicar".
O jornal costarriquense La Voz de Guanacaste, fundado em 2002 como La Voz de Nosara, começou como um boletim impresso com matérias locais da província de Guanacaste, no noroeste da Costa Rica. Hoje, é o único jornal costarriquense sem fins de lucro com versões digitais e impressas, publicado em inglês e espanhol, e com quase 42 mil seguidores nas redes sociais.
Em 12 de julho, um juiz federal brasileiro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão por corrupção, obstrução da justiça e lavagem de dinheiro em relação ao caso Lava Jato, um esquema de corrupção em pelo menos 12 países envolvendo várias empresas brasileiras e políticos na América Latina.
Os envolvidos na Operação Lava Jato, o esquema de subornos formado por empresas brasileiras e políticos de pelo menos 12 países, recorreram a sofisticados métodos de corrupção, como o uso de empresas offshore, criação de contas em paraísos fiscais e superfaturação em contratos de obras públicas. E, claro, eles também tomaram o cuidado de que suas ações não deixassem rastro.
A organização de jornalismo americana Investigative Reporters and Editors (IRE) reconheceu a jornalista mexicana assassinada Miroslava Breach Velducea com a primeira Medalha Don Bolles Medal, nomeada em homenagem ao repórter dos Estados Unidos morto em 1976.