Os 977 participantes do 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado entre os dias 28 de junho e 2 de julho, marcam um recorde para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em seus 15 anos de fundação.
Oito jornalistas latino-americanos estão entre os 25 mais novos membros do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), a rede de jornalismo investigativo transnacional responsável pela investigação que ficou conhecida como Panama Papers.
Na era dos dados massivos, o jornalismo se coloca em uma posição crucial ao se apoiar na tecnologia informática para reinventar métodos de pesquisa, análise e cobertura das notícias.
Entidades de defesa da liberdade de expressão no Panamá estão em alerta após o Ministério Público divulgar que investiga a compra de um conglomerado de mídia no país por suposto crime de lavagem de dinheiro.
Em 3 de abril de 2016, os Panama Papers foram publicados, uma investigação que envolveu 370 jornalistas de 76 países –incluindo 96 jornalistas de 15 nações latino-americanas–, que descobriram uma rede de evasão de impostos e criação de empresas em paraísos fiscais por parte de empresários e líderes de todo o mundo.
A explosão de censura e pressão a que têm sido expostos os jornalistas mexicanos nos últimos anos fez a jornalista Alexandra Xanic lembrar do que o país viveu nos anos 90. A dependência dos meios da pauta oficial, a redução das redações e a busca das empresas por "esvaziar espaços" têm deixado o jornalismo investigativo cada vez mais esquecido, e o pouco que é feito não tem o impacto que deveria.
Para o Ojo Público, a busca por novas narrativas e formatos para contar uma história é constante. Segundo os jornalistas que integram esse meio peruano de jornalismo investigativo, o método que usam consiste em desenhar investigações que combinem revelação e inovação, aplicando ferramentas digitais que permitam melhorar a reportagem e a narrativa das suas histórias, para assim informar ao público.
Na madrugada do dia 5 de maio de 1996, Gustavo Díaz, um comerciante do porto Turbo, em Urabá, Colombia, perdeu tudo. Sua esposa e duas de suas filhas foram assassinadas e queimadas junto com a sua loja por guerrilheiros das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), em um dos mais de 2 mil massacres ocorridos no país desde 1982.
Se existe um caso mexicano que chamou a atenção da mídia do país e do mundo, foi o desaparecimento de 43 estudantes da Escola Normal de Ayotzinapa em Iguala, no estado de Guerreiro, no dia 26 de setembro de 2014.
O 14º Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo homenageou trabalhos que revelaram execuções extrajudiciais no México, conflitos violentos por terra e madeira no Brasil e tráfico de patrimônio cultural histórico em toda a região.
Desde que o portal de jornalismo investigativo peruano Ojo Público nasceu, há dois anos, seus quatro fundadores sabiam que além de suas investigações, queriam oferecer um espaço para compartilhar conhecimentos e experiências que pudessem ser úteis a colegas não só do Peru, mas de toda a região.
A jornalista Janet Hinostroza e o canal de televisão Teleamazonas foram punidos após terem questionado reiteradas vezes uma compra de medicamentos realizada pelo governo equatoriano. A punição ocorreu em 8 de agosto e foi determinada pela Superintendência de Informação e Comunicação (Supercom) do Equador, informou o portal Fundamedios.