Apesar de o número de assassinatos de jornalistas brasileiros ter diminuído para apenas dois casos em 2016, os ataques à liberdade de imprensa tem se manifestado de outras formas. O relatório anual da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) apontou que, em comparação a 2015, o ano passado teve aumento de 65,5% nos casos de violações à liberdade de expressão.
Em Honduras, o jornalista Jairo López acusou o presidente do Congresso Nacional, Mauricio Oliva, de organizar uma campanha de difamação contra ele por meio das redes sociais, informou Tiempo Digital.
Apenas alguns dias antes de o Equador eleger um novo presidente, a jornalista Janet Hinostroza recebeu um dispositivo explosivo no seu trabalho.
O jornalista da Rede Record Leandro Stoliar, detido na Venezuela quando fazia reportagens sobre denúncias de corrupção, disse que foi tratado "como um prisioneiro, um criminoso" durante as 30 horas de detenção. Stoliar disse que a imprensa não é livre para trabalhar no país, onde a "informação é um crime".
Ainda que os números de violência letal contra jornalistas na Colômbia sigam diminuindo – por exemplo, 2016 foi o primeiro ano nos últimos sete em que não foram registrados assassinatos por causa do trabalho jornalístico – as formas de censura têm mudado e se encontram muito longe de serem superadas na Colômbia.
Com o propósito de melhorar as condições para o exercício da liberdade de expressão no Equador nos próximos anos, organizações da sociedade civil organizaram um documento que define o caminho para alcançar o compromisso dos atores políticos e cidadãos.
Acompanhada dos seus filhos, amigos e simpatizantes, Verónica Saráuz, esposa do jornalista equatoriano Fernando Villavicencio, certificou diante da Unidade Judicial Civil de Quito o pagamento de US$ 47.306 como indenização para Rafael Correa.
Autoridades venezuelanas deportaram um jornalista freelancer espanhol Aitor Sáez antes de protestos marcados para o dia 23 de janeiro, seguindo um padrão de tratamento a jornalistas internacionais antes de manifestações de massa.
São 167 anos de história jornalística panamenha que podem chegar ao fim toda vez que a continuidade das operações dos jornais La Estrella de Panamá e El Siglo é ameaçada devido a um problema legal com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Os principais ataques à liberdade de expressão no Equador durante o ano passado foram resultado da aplicação da controversa Lei Orgânica da Comunicação, vigente desde 2013, segundo o relatório de 2016 da Fundação Andina para a Observação Social e Estudo de Meios, Fundamedios.
O governo boliviano lançou “O Cartel da Mentira” (“El Cártel de la Mentira”), controverso documentário de 80 minutos que gerou profunda rejeição de associações de jornalistas, ativistas e da sociedade civil do país sul-americano. O documentário foi realizado por ordem do ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, e contém ataques contra a imprensa independente boliviana.
“Vamos te fazer uma confissão: na Colômbia os jornalistas publicam muito menos do que sabem”. Assim começa o vídeo promocional da rede de jornalistas colombianos, criada recentemente, chamada A Liga Contra o Silêncio. Através da sua primeira atividade, a Liga busca recursos suficientes para cobrir os temas que mais são atingidos pela autocensura no país.