Desde a semana passada, partiram do Brasil diversas manifestações de apoio ao site de vazamento de informações WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) divulgou um comunicado defendendo a divulgação dos cerca de 250 mil documentos oficiais do governo dos EUA, argumentando que as informações são de interesse público: “Cidadãos têm o direito de conhecer a atuação de seus governos nas relações internacionais.”
Em uma decisão relacionada aos chamados “petroaudios”, gravações telefônicas que revelaram um escândalo de corrupção em licitações de petróleo, o Tribunal Constitucional do Peru proibiu os veículos de comunicação do país de divulgar conversas interceptadas ilegalmente, informou o jornal El Comercio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva protestou duramente contra a prisão de Julian Assange, fundador do site de vazamento de informações WikiLeaks, que vem divulgando correspondências confidenciais de diplomatas americanos. Segundo o Terra, Lula é o primeiro líder internacional a se manifestar veementemente contra a prisão de Assange. “Em vez de culpar quem divulgou, deve se culpar quem escreveu”, disse o presidente.
O governo da Venezuela passou a controlar 20% das ações da emissora de TV Globovisión, de oposição ao presidente Hugo Chávez, após a liquidação de uma empresa ligada a um grupo financeiro sob intervenção do Estado e com participação significativa no canal.
O jornalista Edwin Echeverry, que trabalha na equipe de comunicação da prefeitura de Medellín, na Colômbia, enfrenta um “verdadeiro calvário” por ter criticado, em seu perfil no Facebook, os custos de um show de fogos de artifício contratado pelo governo para celebrar o bicentenário da cidade, em julho passado, denuncia a Federação Colombiana de Jornalistas (Fecolper, na sigla em espanhol).
O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que não aguenta mais responder se o país está discutindo uma nova Lei de Meios de Comunicação. Em entrevista publicada pelo jornal argentino La Nación e repercutida pela imprensa uruguaia, ele insistiu que não recebeu nenhum projeto de lei sobre esse tema e, caso receba, vai “jogá-lo no lixo“.
O governo boliviano rejeitou uma proposta com 32 mil assinaturas por um projeto de “Lei de defesa dos direitos da liberdade de expressão, imprensa e informação”, noticiou o jornal Los Tiempos. A proposta, encabeçada por quatro organizações de imprensa na Bolívia, modificaria dois artigos da Lei Antirracismo – que, segundo as entidades, violam a liberdade de expressão.
A jornalista Anabel Hernández apresentou uma denúncia penal contra o ministro de Segurança do México, Genaro García Luna, e o coordenador de Segurança Regional, Luis Cárdenas Palomino, por um suposto plano de assassiná-la, informou a agência de notícias AFP.
O narcotráfico e o crime organizado transnacional ameaçam cada vez mais os jornalistas na Guatemala, segundo um relatório sobre a liberdade de expressão no país, informou a agência EFE.
A Corte de Apelações do estado venezuelano de Carabobo anulou a cassação dos direitos profissionais e políticos do jornalista Francisco “Pancho” Pérez, informou o jornal El Carabobeño, em que ele trabalha.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) se mostrou satisfeita com a decisão da Justiça do Peru de criar tribunais especiais para julgar crimes graves contra jornalistas no exercício de suas funções profissionais. Segundo a SIP, a medida é de “fundamental importância para a luta contra a impunidade”.
O jornalista mexicano Luis Horacio Nájera recebeu em Toronto, no Canadá, o prêmio da organização Jornalistas Canadenses pela Liberdade de Expressão (CJFE, na sigla em inglês), por seu trabalho na violenta Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, informou a agência EFE. O mexicano Emilio Gutiérrez Soto e outros três jornalistas de Camaraões, na África, também foram premiados, mas não puderam comparecer à cerimônia de premiação.