A Associação Mundial de Jornais e Editores de Noticias (WAN-IFRA, na sigla em inglês) solicitou à presidente Cristina Kirchner mais respeito às normas internacionais de liberdade de expressão e o fim “dos ataques de seu governo contra os meios de comunicação independentes”.
O projeto de Lei contra o Racismo e Toda Forma de Discriminação, defendido pelo presidente Evo Morales, foi alvo de passeatas de jornalistas em 11 cidades da Bolívia na sexta-feira, 1o de outubro, noticiam os jornais Los Tiempos e La Prensa. Em Potosí, jornalistas e veículos de comunicação fizeram uma greve de 24 horas, deixando a cidade sem informações, diz o matutino La Patria.
Criminosos armados com fuzis dispararam contra as instalações do jornal El Debate, na cidade de Mazatlán, na madrugada de domingo, 3 de outubro, reportou La Jornada. Apesar de não haver feridos, a fachada do edifício recebeu pelo menos 17 disparos, acrescenta o jornal Milenio.
No confuso episódio que começou como um protesto de policiais e militares e terminou no que o presidente Rafael Correa qualificou como uma tentativa de golpe de estado, os meios de comunicação equatorianos cobriram a confusa informação que receberam através das fontes oficiais do governo, reportou El Mundo.
O acirramento da disputa eleitoral nos últimos dias provocou manifestos de diversos setores da sociedade sobre questões envolvendo a liberdade de expressão e o comportamento dos meios de comunicação, observa a revista Carta Capital.
Marvin del Cid Acevedo, integrante da Equipe de Investigação do jornal elPeriódico, da Guatemala, teve a residência invadida novamente. Criminosos levaram um computador no qual ele guardava documentos relacionados a seu trabalho jornalístico, informou o Cerigua.
Com o lema “a Lei dos Meios de Comunicação é para todos, para os monopólios também”, organizações políticas e sociais da Argentina exigiram que se cumpra a norma aprovada há um ano pelo Congresso, mas barrada por diversas decisões judiciais, reportaram o jornal La Jornada e a agência EFE.
Às vésperas das eleições para o Executivo e o Legislativo no Brasil, em 3 de outubro, entidades relacionadas à imprensa e à defesa da liberdade de expressão divulgaram documentos apontando ameaças a esse direito no país.
Mais um jornalista cubano foi libertado da prisão e partiu para o exílio na Espanha, afirma o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
No que foi qualificado como um “golpe aos meios de comunicação”, a Corte Suprema de Justiça de El Salvador declarou inconstitucional o inciso do Código Penal que livrava jornalistas, editores e proprietários de meios de comunicação de responsabilidades penais em casos de difamação. Segundo a sentença, o inciso violava o princípio de igualdade perante a lei, reportaram os jornais El Mundo e El Faro.
A Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (Adepa) afirmou que o governo de Cristina Kirchner elegeu o jornalismo “como inimigo” e advertiu que a pressão exercida pelas autoridades degrada a liberdade de expressão no país.
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou em entrevista à revista Veja que os governantes não devem responder às críticas da imprensa, mas “suportá-las”, porque, “se reagem, perdem duas vezes”, observou a agência EFE ao repercutir a matéria.