A desinformação e os obstáculos ao acesso a informações públicas são alguns dos obstáculos que jornalistas de Bolívia, Colômbia e México têm enfrentado ao cobrir questões relacionadas à água. Os repórteres compartilharam recomendações para melhorar a cobertura da crise hídrica.
Dias antes de obter uma vitória esmagadora nas urnas e se eleger presidente do México, Claudia Sheinbaum assumiu um compromisso com a Repórteres Sem Fronteiras para proteger os jornalistas no país. Para cumprir sua palavra, ela precisará promover reformas profundas no sistema de Justiça mexicano.
Após ter apresentado em março o VerificAudio, uma ferramenta de IA para detectar áudios manipulados e combater a desinformação, o grupo de mídia Prisa começará a usá-lo em suas rádios de notícias na Espanha, México, Colômbia e Chile. O grupo avalia colaborar com outros meios que estejam interessados na ferramenta.
A importância de monitorar a desinformação em campanhas políticas, os riscos do uso das redes sociais para influenciar o discurso público e o papel atual do fact-checking foram alguns dos temas abordados por painelistas de Argentina, Brasil e México no Festival Internacional de Jornalismo 2024, em Perugia, Itália.
Em conferência no 17º Colóquio Ibero-Americano de Jornalismo Digital, Patricia Mercado, diretora do Conexión Migrante, explicou como o veículo oferece informações de qualidade aos imigrantes latinos nos EUA, aos migrantes que cruzam o México e também àqueles que ainda vão chegar a este país.
Com suas campanhas contra meios independentes, governos de vários países latino-americanos estão começando a ameaçar a liberdade de imprensa. O extremo de Nicolás Maduro e Daniel Ortega com bloqueios e fechamentos de meios de comunicação poderia ser replicado?
As entrevistas coletivas matinais do presidente mexicano fazem parte de uma estratégia comunicacional reconhecida como "única" não apenas em seu país, mas também na região. E embora tenham surgido como uma promessa de melhorar a transparência e a comunicação, seus críticos as veem como espaços para atacar meios de comunicação, jornalistas e até mesmo para disseminar desinformação.
Cartunistas mexicanos usam o humor e a sátira para zombar da narcocultura e do crime organizado do México por meio de tiras e charges políticas, ao mesmo tempo em que tornam visíveis a tragédia e o surrealismo do tráfico de drogas e criticam a ineficiência das autoridades em combatê-lo.
A investigação jornalística "Veracruz de los silencios" da organização Artigo 19 busca respostas para a pergunta "Por que matam jornalistas?” Para isso, a equipe de investigação analisou o assassinato e o desaparecimento de 20 jornalistas no estado mexicano entre 2010 e 2016, juntamente com especialistas.
O assassinato de uma pessoa não binária de destaque no México mostrou que a maioria dos meios de comunicação do país não tem os protocolos ou as ferramentas para refletir em suas reportagens a realidade dessa população. De acordo com especialistas, além de fazer bom uso do idioma, o jornalismo deve refletir a realidade com precisão, pluralidade e respeito aos direitos humanos.
Fazendo uso do jornalismo de dados, de técnicas eficazes de entrevista e de estratégias inovadoras de divulgação, reportagens do Meganoticias, do Chile, e da Red Es Poder, do México, assim como uma equipe de jornalistas independentes de Cuba, se destacam ao deixar clara a gravidade da violência obstétrica sofrida por milhares de mulheres na região.
A jornalista mexicana Marcela Turati, que recentemente lançou o livro "San Fernando. Última parada", falou sobre os desafios e as lições aprendidas em mais de uma década investigando o desaparecimento de pessoas. Ela também disse o que acredita que os jornalistas devem fazer para cobrir melhor a violência do crime organizado.