O jornalista Miguel Ángel López Velasco, especialista em segurança e narcotráfico, foi assassinado junto com sua esposa e filho por um grupo armado que invadiu sua casa no porto de Veracruz, na costa do Golfo do México, informou El Universal. Lopez é o segundo jornalista assassinado em menos de uma semana no país em meio a um recrudescimento da violência contra a imprensa que também inclui o seqüestro de outro repórter há 11 dias.
O jornal El Norte, de Ciudad Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, denunciou que seus repórteres estão sofrendo perseguição de policiais federais recentemente, informou o Centro Nacional de Comunicação Social (CENCOS). A Polícia Federal (PF) é encarregada do combate ao narcotráfico e ao crime organizado. “Esses atos fazem parte do clima generalizado de perseguição e intimidação à imprensa em Ciudad Juárez", afirmou Guadalupe Salcido, chefe do jornal.
Apesar de medidas tomadas por autoridades e veículos de comunicação para aumentar a segurança dos jornalistas, diariamente expostos à violência do narcotráfico, os ataques contra a imprensa continuam no México. Nos últimos meses, os profissionais têm organizado manifestações, na tentativa de conter a violência.
O Instituto Federal Eleitoral (IFE) do México analisa um projeto de regulação do direito de resposta durante a campanha eleitoral que, se aprovado, poderia obrigar os meios de comunicação a noticiar gratuitamente esclarecimentos de partidos políticos e candidatos negativamente afetados por matérias jornalísticas, informou o El Universal.
Pouco tempo após o desaparecimento de um jornalista e a morte de outro, cujo corpo foi encontrado em uma fossa clandestina, a imprensa local noticiou, na terça-feira 14 de junho, o assassinato do repórter Pablo Ruelas Barraza, em Huatabampo, no estado de Sonora, Norte do México.
Os jornais americanos deveriam melhorar sua cobertura sobre o narcotráfico no próprio país, afirmou um editor mexicano segundo o qual os traficantes comemoram a ausência de notícias sobre suas atividades mortais.
A onda de violência contra jornalistas continua no México. A imprensa nacional noticiou, na quinta-feira 9 de junho de 2011, o sequestro de Marco Antonio López Ortiz, chefe de informação do diário Novedades Acapulco. Já a do estado de Veracruz, no Leste do país, informou sobre a agressão sofrida pelo diretor do portal Gobernantes.com, Carlos de Jesús Rodríguez na prisão.
Desde 2000, quase 70 jornalistas foram assassinados no México e o governo é "cúmplice" desses crimes, de acordo com um novo relatório da PEN Canadá e do International Human Rights Program (IHRP) da Universidade de Toronto, informa o Toronto Star.
Manifestantes agrediram três jornalistas do diário Noticias, Voz e Imagen de Oaxaca depois de picharem a fachada do prédio do jornal, na cidade de Oaxaca, no México, com palavras contra a imprensa, informou o Centro Nacional de Comunicação Social (CENCOS).
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou seu relatório anual “Índice de Impunidade”, onde listou três países latino-americanos entre aqueles onde os assassinos de jornalistas regularmente permanecem impunes, segundo a Associated Press.
Policiais federais e estaduais localizaram em uma fossa clandestina em Chinameca, ao sul do estado de Veracruz, o corpo do jornalista Noel López Olguín, informa Milenio. López, colunista do jornal La Verdad de Jáltipan, foi sequestrado no dia 8 de março por homens armados a bordo de uma van em Jáltipan, segundo o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Um grupo lançou uma granada contra as instalações do jornal Vanguardia, em Saltillo, no estado de Coahuila, Norte do México. Ninguém ficou ferido, informou a CNN México.