Um relatório da Fundação MEPI afirma que a imprensa local no México noticia menos de 5% dos assassinatos, ataques e episódios de violência ligados ao crime organizado no país e o silêncio imposto pelos cartéis criou "buracos negros de informação".
A Câmara dos Deputados do México aprovou o orçamento federal para 2011, que prevê mais de US $2 milhões para a proteção de jornalistas, informou o jornal El Universal. Os recursos serão destinados a serviços médicos, gastos funerários e indenizações.
Diversos jornalistas foram agredidos por seguranças de um hotel em Cancún, no México, onde uma explosão no domingo deixou sete mortos e 18 feridos, informaram os jornais La Crónica de Hoy e El Universal. Os seguranças também lançaram sprays de gás lacrimogêneo nos jornalistas, dizem as publicações.
A Fundação para a Liberdade de Expressão do México (Fundalex) e a espanhola Associação de Imprensa de Cádiz (APC) firmaram um acordo para que jornalistas mexicanos ameaçados por exercer a profissão possam se refugiar na Espanha, informou a agência EFE.
O jornal regional mexicano El Diario de Chihuahua anunciou que dois de seus fotógrafos precisaram deixar o país. Eles foram ameaçados após a publicação de uma foto de um homem morto em um acidente de carro em Ciudad Juárez, informaram o El Universal e o La Jornada.
Vários homens armados invadiram a redação do jornal mexicano El Sur, em Acapulco, na noite de 10 de novembro. Eles chegaram a atirar, mas nenhum dos 8 a 12 funcionários presentes se feriu, informaram a EFE e o La Jornada.
A Comissão de Direitos Humanos do estado mexicano de Jalisco decidiu adotar medidas cautelares em favor de Adriana Luna, correspondente do jornal Excélsior e do Grupo Imagen. A jornalista foi ameaçada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luis Cárlos Nájera, segundo o CEPET/IFEX.
As autoridades mexicanas estão investigando a morte do repórter policial Carlos Guajardo, mas o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) pediu uma apuração exaustiva que esclareça se militares do Exército atiraram no jornalista.
A Sociedade Americana de Editores de Jornais (ASNE, na sigla em inglês) e a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) anunciaram a realização de uma cúpula para discutir a violência contra os jornalistas que atuam na fronteira do México com os Estados Unidos.
Héctor Camero, da rádio comunitária mexicana Tierra y Libertad, foi condenado a dois anos de prisão e a pagar uma multa de US $1,2 mil pelo “uso, aproveitamento e exploração do espectro radioelétrico sem autorização prévia”, informaram as organizações AMARC e IFEX. A decisão judicial também desabilitou os direitos civis e políticos de Camero.
O repórter policial Carlos Alberto Guajardo, do jornal Expreso, morreu durante a cobertura de um tiroteio entre bandidos e militares na cidade de Matamoros, no estado mexicano de Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, informou o Brownsville Herald.
Diversos jornalistas e organizações pela liberdade de expressão criticaram as medidas de proteção à imprensa propostas pelo governo mexicano, que careceriam de recursos para atacar as raízes do problema, informou o El Diario de Juárez.