Depois de passar o ano de 2009 como bolsista Nieman, na Universidade de Harvard, o jornalista americano Alfredo Corchado, descendente de mexicanos, se deu conta de que não tinha mais vontade de continuar colocando sua vida em risco para cobrir a violência e o tráfico de drogas no México. Quando voltou a esse país como chefe da sucursal mexicana do jornal Dallas Morning News, ele se sentia "anestesiado", "separado da história", afirmou.
Diretores de meios de comunicação e jornalistas manifestaram ceticismo em relação às medidas anunciadas pelo governo para proteger a classe profissional das ameaças e da violência do crime organizado, informou a EFE.
Em uma reunião com representantes da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, por suas siglas em espanhol) e do Comitê para a Protecão dos Jornalistas (CPJ), o líder mexicano Felipe Calderón se comprometeu a iniciar no mês de outubro um plano de proteção à imprensa similar ao colombiano e a impulsionar reformas legais que colocariam os assassinatos de jornalistas no âmbito federal, informam a agência AFP e a SIP.
Quase dois anos depois de ter cruzado a fronteira, o jornalista Jorge Luis Aguirre obteve formalmente asilo do governo dos Estados Unidos, informa o La Jornada. O diretor do site LaPolaka.com se exilou após ter recebido ameaça por telefone quando estava a caminho do funeral do jornalista Armando Rodríguez, assassinado em Ciudad Juárez. A ameaça telefônica avisava Aguirre que ele seria o próximo.
"Não cabe de modo algum que qualquer ator possa pactuar, promover uma trégua ou negociar com criminosos”. Com estas palavras, o porta-voz do governo federal do México, Alejandro Poiré, criticou o editorial do jornal El Diario de Juárez, que pediu trégua ao crime organizado após o assassinato de um de seus fotógrafos, informam o El Universal e o La Jornada. (Leia matéria do jornal O Globo aqui.)
O jornal El Diario de Juárez, para o qual trabalhava o fotógrafo assassinado por pistoleiros na semana passada, publicou um extenso editorial no domingo, 19 de setembro, pedindo trégua aos cartéis do tráfico de drogas, para que encerrem a violência e os ataques a jornalistas, informaram El Universal e a Televisa. Segundo a Veja, El Diario é o jornal mais popular de Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, e esta é a primeira vez que uma publicação da região publica um editorial diretamente endereçado aos traficantes.
O fotógrafo Luis Carlos Santiago Orozco, do jornal El Diario de Juárez, foi morto a tiros na quinta-feira, 16 de setembro, no estacionamento de um centro comercial de Ciudad Juárez, marco da violência do tráfico de drogas no México, na fronteira com os Estados Unidos, informou a publicação. Outro fotógrafo que o acompanhava foi ferido no ataque, segundo a agência EFE.
Depois de ser presa e ameaçada por revelar uma rede de pedofilia e prostituição infantil envolvendo autoridades e empresários no México, a jornalista Lydia Cacho recebeu o Prêmio pela Coragem da organização de escritores PEN, informou a Associated Press. Ela será homenageada em uma cerimônia em Londres no dia 20 de outubro.
A publicação digital mais recente do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas está disponível gratuitamente em nosso site. O livro Jornalismo em tempos de ameaças, censura e violência é resultado das discussões do seminário “Cobertura do Tráfico de Drogas na Fronteira dos Estados Unidos com o México”, realizado nos dias 26 e 27 de março de 2010 na Universidade do Texas em Austin.
O câmera do canal Televisa Alejandro Hernández Pacheco, um dos quatro comunicadores sequestrados em julho por traficantes de drogas no norte do México, cruzou a fronteira com a esposa e os filhos e pediu asilo político aos Estados Unidos, temendo ser assassinado em seu país, informaram a CNN México e o jornal El Diario.
Uma jornalista do canal mexicano TV Azteca denunciou que foi maltratada e agredida por jogadores dos New York Jets, equipe de futebol americano dos Estados Unidos, durante um treino no dia 11 de setembro, informaram a EFE e a Associated Press.
Associações de jornalistas do México e autoridades de Chihuahua, região na fronteira dos Estados Unidos considerada uma das mais perigosas no mundo para jornalistas por causa da violência relacionada ao tráfico de drogas, assinaram no dia 6 de setembro o primeiro protocolo de segurança para a cobertura de temas considerados de alto risco, informaram o Masnoticias e o Tiempo.