O jornal El Diario de Juárez, para o qual trabalhava o fotógrafo assassinado por pistoleiros na semana passada, publicou um extenso editorial no domingo, 19 de setembro, pedindo trégua aos cartéis do tráfico de drogas, para que encerrem a violência e os ataques a jornalistas, informaram El Universal e a Televisa. Segundo a Veja, El Diario é o jornal mais popular de Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, e esta é a primeira vez que uma publicação da região publica um editorial diretamente endereçado aos traficantes.
O fotógrafo Luis Carlos Santiago Orozco, do jornal El Diario de Juárez, foi morto a tiros na quinta-feira, 16 de setembro, no estacionamento de um centro comercial de Ciudad Juárez, marco da violência do tráfico de drogas no México, na fronteira com os Estados Unidos, informou a publicação. Outro fotógrafo que o acompanhava foi ferido no ataque, segundo a agência EFE.
Depois de ser presa e ameaçada por revelar uma rede de pedofilia e prostituição infantil envolvendo autoridades e empresários no México, a jornalista Lydia Cacho recebeu o Prêmio pela Coragem da organização de escritores PEN, informou a Associated Press. Ela será homenageada em uma cerimônia em Londres no dia 20 de outubro.
A publicação digital mais recente do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas está disponível gratuitamente em nosso site. O livro Jornalismo em tempos de ameaças, censura e violência é resultado das discussões do seminário “Cobertura do Tráfico de Drogas na Fronteira dos Estados Unidos com o México”, realizado nos dias 26 e 27 de março de 2010 na Universidade do Texas em Austin.
O câmera do canal Televisa Alejandro Hernández Pacheco, um dos quatro comunicadores sequestrados em julho por traficantes de drogas no norte do México, cruzou a fronteira com a esposa e os filhos e pediu asilo político aos Estados Unidos, temendo ser assassinado em seu país, informaram a CNN México e o jornal El Diario.
Uma jornalista do canal mexicano TV Azteca denunciou que foi maltratada e agredida por jogadores dos New York Jets, equipe de futebol americano dos Estados Unidos, durante um treino no dia 11 de setembro, informaram a EFE e a Associated Press.
Associações de jornalistas do México e autoridades de Chihuahua, região na fronteira dos Estados Unidos considerada uma das mais perigosas no mundo para jornalistas por causa da violência relacionada ao tráfico de drogas, assinaram no dia 6 de setembro o primeiro protocolo de segurança para a cobertura de temas considerados de alto risco, informaram o Masnoticias e o Tiempo.
Um dia depois de ser alvo de um atentado na cidade de Mazatlán, o jornal Noroeste voltou a receber ameaças por telefone, incluindo mensagens exigindo US$ 15 mil para evitar a explosão de sua sede, informaram a EFE e o próprio jornal. Os funcionários tiveram que deixar o edifício.
A fachada do jornal Noroeste, na cidade de Mazatlán, foi atacada de madrugada por um comando do crime organizado horas depois de receber ameaças telefônicas, informaram a agência DPA e o próprio diário.
Marcelo Tejero Ocampo, de 64 anos, locutor de uma emissora local e jornalista, foi encontrado morto na manhã de 7 de setembro em sua residência no município de Carmen, no estado de Campeche, informou El Universal.
A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
Um carro-bomba explodiu na porta da rede de televisão mexicana Televisa na madrugada de sexta-feira, 27 de agosto, em Ciudad Victoria, capital do estado de Tamaulipas, informaram El Universal e a AFP. A explosão causou danos materiais e tirou o canal do ar. Ninguém ficou ferido. Outra bomba explodiu nas instalações do departamento de trânsito local, acrescentou a EFE.