Jornalistas, autoridades e chefes de polícia de Chihuahua, no norte do México, um dos estados mais atingidos pela violência no país nos últimos anos, iniciaram discussões para criar o primeiro "protocolo de segurança para jornalistas cobrindo zonas de risco", informaram os sites Devenir e Ahoramismo.
Com os repórteres na mira do crime organizado e a impunidade dos crimes contra jornalistas, declarar guerra editorial contra a corrupção e o narcotráfico pode parecer um ato suicida. Mas foi esta a escolha do semanário mexicano Zeta, publicado em Tijuana, aponta Oscar Medina, do Prodavinci.
De acordo com um relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI), a América Latina tornou-se a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo, superando a Ásia, o Oriente Médio e o Norte da África no número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2010, informam a Europa Press e o site Periodista Digital.
Ciudad Juarez, no norte do México, é considerada uma das cidades mais violentas do mundo. Na semana passada a população local testemunhou um evento sem precedentes no país: um ataque a agentes federais com um carro-bomba. O cinegrafista Luis Hernández Núñez, da rede Telecinco, registrou o momento da explosão e acabou se ferindo no ataque, que matou quatro pessoas, informou El Universal.
O diário La Jornada relatou que a Procuradoria Especial para a Atenção a Delitos contra a Liberdade de Expressão, assim como a Comissão Nacional de Direitos Humanos (NCHR), irão investigar a denúncia do fotojornalista Irineo Arzate Mujica, que relatou ter sido agredido e roubado por funcionários do Instituto Nacional de Migração (INM).
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México investigará agressões de militares contra três repórteres que cobriam uma operação em Nuevo Laredo, no estado de Tamaulipas, no nordeste do México, informou o jornal El Universal.
"A hecatombe continua", alertou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) sobre o assassinato dos jornalistas Marco Aurelio Martínez Tijerina, no estado de Nuevo León, e Guillermo Alcaraz Trejo, de Chihuahua, ambos no norte do México. Segundo a RSF, pelo menos dez jornalistas foram assassinados no país este ano.
Os meios de comunicação mais atingidos pela violência no México, que resultou na morte de pelo menos oito jornalistas este ano, são os das cidades do interior do país, observou a Inter Press Service (IPS).
O repórter Hugo Olivera Cartas foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 6 de julho, com três tiros. O corpo do jornalista foi encontrado dentro de seu veículo em uma estrada entre os municípios de Tepalcatepec e Aguililla, no estado de Michoacán, afirmou a agência Quadratín, onde Olivera trabalhava como colaborador.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) do México decidiu reestruturar a Promotoria Especial em Atenção a Crimes contra Jornalistas, que irá se concentrar agora em crimes contra jornalistas atacados por fazerem seu trabalho, relatou o El Universal e a EFE.
O jornalista Juan Francisco Rodríguez Ríos e sua esposa, María Elvira Hernández Galeana, foram assassinados a tiros dentro de um cybercafé de sua propriedade, no município Coyuca de Benítez, no estado de Guerrero, ao sul do México, informou o jornal El Universal.
O jornal Noticias de El Sol de la Laguna, na cidade mexicana de Torreón, foi atacado a tiros na terça-feira, 22 de junho, informou El Nuevo Herald.