Do brasileiro Euclides da Cunha à peruana Gabriela Wiener, passando pelo colombiano Gabriel García Márquez, pela argentina Leila Guerriero, pela mexicana Alma Guillermoprieto e por dezenas de outros nomes, a América Latina é terra de grandes contadores de histórias reais que trazem elementos da literatura para seus textos jornalísticos.
O ano de 2018 verá eleições presidenciais em vários países da América Latina, e com elas o risco de desinformação generalizada causada pelas notícias fraudulentas, as chamadas “fake news”. No Brasil, a preocupação com o problema tem movido o poder público, e a quatro meses do pleito o TSE tomou sua primeira decisão relacionada ao combate às notícias fraudulentas no contexto das eleições.
Duas agências brasileiras de fact-checking e seus colaboradores têm sido alvo de ataques virtuais devido a uma recém-lançada parceria com o Facebook contra a disseminação de notícias falsas. Os ataques pessoais aos jornalistas e as críticas à idoneidade das agências têm partido de grupos de direita, que os acusam de tentativa de censura e de atuarem com um viés ideológico de esquerda, conforme reportagem do BuzzFeed News.
O Congresso Nacional de Honduras está discutindo a aprovação de uma lei que visa regular a atividade e o conteúdo na internet e impor obrigações aos administradores de sites.
Folha de S. Paulo, diário de maior circulação do Brasil, surpreendeu a indústria jornalística no dia 8 de fevereiro ao anunciar que deixaria de publicar conteúdo no Facebook. A direção do jornal acredita que mudanças recentes no algoritmo da rede social diminuem a visibilidade do jornalismo profissional e favorecem a propagação de conteúdo mentiroso. O editor-executivo do jornal, Sérgio Dávila, afirma que há notícias de movimentações semelhantes em outras redações.
Todos os dias, em Caracas, repórteres de diferentes meios digitais independentes na Venezuela visitam os necrotérios da cidade para coletar dados sobre as vítimas do dia. Nome e sobrenome, as circunstâncias da morte e outras informações sobre a pessoa falecida são registradas em uma base de dados jornalística, e algumas histórias ou tendências especialmente relevantes são publicadas nos sites de maneira mais detalhada.
A atividade em mídias digitais e sociais continua a aumentar em todo o mundo, e a América Latina não é exceção.
O SIP Alert, um aplicativo de celular atualmente em fase piloto, é uma iniciativa desenvolvida pelo jornal El Universal e TV Azteca do Grupo Salinas no México, para ser usada por jornalistas dos 1.300 meios de comunicação da América Latina membros da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Adam Silver, o comissionado da NBA, disse no início de 2017 que estava considerando reduzir o tempo dos jogos de basquete, por causa da cada vez mais curta capacidade de atenção do público, especialmente entre os chamados “millenials”.
Quando o cantor de ranchera Pedro Infante morreu em abril de 1957, a recém-nascida televisão mexicana transmitiu seu funeral ao vivo, com imagens em preto e branco que mostravam a multidão seguindo o cortejo fúnebre pelas ruas da Cidade do México. Aquela se tornaria uma transmissão de televisão histórica naquele país.
Quando os equatorianos forem às urnas no dia 19 de fevereiro de 2017, terão que escolher entre oito candidatos para substituir o atual presidente, Rafael Correa, que deixará o cargo depois de 10 anos no cargo.
Em virtude das diversas políticas do atual governo da Venezuela restringindo a livre circulação de informação nos meios de comunicação tradicionais, as redes sociais tornaram-se uma alternativa para o consumo de notícias entre os cidadãos venezuelanos. É o que mostra um estudo realizado para a organização de defesa dos direitos humanos Espacio Público.