Um jornalista uruguaio entrou com uma ação na justiça para denunciar as torturas que sofreu durante a última ditadura (1973-1985) do país, de acordo com informações do El Comercio de 11 de novembro.
Em uma coletiva de imprensa, Rodolfo Porley deu detalhes da ação e ressaltou que ingressou na justiça "para evitar a repetição desses fatos e reivindicar o direito a informar e ser informado".
Segundo a Associação de Imprensa Uruguaia, Porley contou que foi submetido à "aplicação sistemática da tortura como instrumento de terror" por sua condição de jornalista e sindicalista.
Apesar de não haver provas que o incriminassem, o jornalista viveu 2990 dias de "ações terroristas do Estado", somados os períodos em que esteve preso, desaparecido e exilado, observou o El Comercio. Porley afirmou que sua atitude foi tomada em memória dos 31 jornalistas mortos e desaparecidos por serem opositores do regime militar.