Por Liliana Honorato
Outro jornalista foi assassinado em Veracruz, México; seu corpo foi encontrado dentro de bolsas na madrugada desta quinta, 14 de junho, na cidade de Xalapa, depois de uma busca que começou na noite anterior, quando o jornalista havia sido sequestrado ao sair de seu escritório, informaram o jornal El Universal e o semanário Proceso. Suspeita-se que o jornalista tenha sido vítima do crime organizado, informou o jornal El Economista.
Com o assassinato do jornalista Víctor Báez Chino, fundador do portal de notícias Reporterospoliciacos.com e repórter policial há mais de 25 anos, chegam a nove os assassinatos de jornalistas desde junho de 2011 em Veracruz, considerado pela Repórteres Sem Fronteiras como um dos 10 lugares mais perigosos para exercer o jornalismo no mundo.
Segundo informou a agência de notícias EFE, há poucos dias, o jornalista havia dito à coordenadora de Comunicação Social de Veracruz, Gina Domínguez, que não podia nem deveria viver com medo. "Não deixemos que nos imponham o medo como forma de vida", afirmou Baéz. Em uma coletiva de imprensa, Domínguez disse que o assassinato do jornalista "ofende a profissão jornalística e pretende intimidar a sociedade e retrair um governo em sua determinação por combater a delinquência”, informou o site InfoBAE.com.
México é um dos países mais perigosos para a imprensa nas Américas. Apenas no início de junho, o diário digital El Arsenal informou que, em Veracruz, circula uma nova lista com nomes de mais jornalistas que podem ser executados nos próximos dias. Enquanto isso, Stephania Cardoso, a jornalista que desapareceu junto a seu filho no último dia 8 de junho na cidade de Saltillo, ao norte do país, segue desaparecida. Em um esforço para resolver os graves riscos que enfrentam os jornalistas mexicanos, recentemente, o legislativo mexicano aprovou uma reforma constitucional que permitirá que as autoridades federais investiguem os delitos contra jornalistas.
Para mais informação, consulte este mapa sobre os ataques contra a imprensa no México, elaborado pelo Centro Knight para el Periodismo en las Américas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
