Por Liliana Honorato
A Sala Penal da Suprema Corte da Colômbia anunciou que deixará de processar a jornalista Cecilia Orozco Tascón, que havia sido acusada de injúria e calúnia pela publicação de uma coluna no jornal El Espectador na qual questionava algumas decisões da própria Suprema Corte, informou a Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP).
Mas a Sala Penal voltou a criticar as opiniões de Orozco e da também jornalista María Jimena Duzán, advertida, mas não ameaçada com processo por suas opiniões publicadas na revista Semana. A Suprema Corte pediu que os jornalistas fizessem uma “autoreflexão”, informaram o El Colombiano e o El Tiempo.
A decisão de não processar Orozco foi aplaudida pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), “pois tratava-se de um abuso de privilégios rodeado de um sério conflito de interesse”, o que fomentaria um ambiente de autocensura,destacou opresidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Gustavo Mohme.
O Instituto Internacional de Imprensa (IPI) também comemorou a decisão, mas ressaltou que as acusações nunca deveriam ter existido. “Em um país democrático, os jornalistas têm o direito de criticar e questionar as ações do governo”, disse Anthony Mills, do IPI.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.