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Ataques contra imprensa diminuem, mas autocensura aumenta na Guatemala, diz relatório

Em 2010, o número de ataques contra jornalistas e meios de comunicação caiu na Guatemala. Foram registrados 19 casos, contra 60 no ano anterior e 67 em 2008. Mas a agência Cerigua advertiu que a autocensura pode estar aumentando em regiões mais afetadas pela crescente violência ligada ao narcotráfico no país, informou o Prensa Libre.

Em um relatório apresentado no dia 7 de abril, intitulado “Estado da Situação da Liberdade de Expressão 2010”, a Cerigua alertou para o relativamente baixo número de matérias sobre ações do crime organizado e do narcotráfico nos cinco jornais de circulação nacional da Guatemala, em comparação com a ameaça que eles representam para a segurança nacional.

Segundo o texto, os jornalistas guatemaltecos enfrentam novos perigos e desafios, assim como novos inimigos, que buscam “intimidá-los, cooptá-los, censurá-los e, se for necessário, assassiná-los”. "O medo dos jornalistas diante dessas organizações, fundamentado em ameaças e ataques, os inibe de publicar notícias relacionadas aos delitos delas", ressaltou a jornalista Ileana Alamilla, coordenadora do relatório, citada pelo Terra.

Alguns estados, como ZacapaIzabal e Petén, que historicamente sofrem com a presença de criminosos, detalhou o estudo, raramente apareceram em notícias relacionas à violência no ano passado, o que faz pensar em censura ou autocensura, acrescentou a organização.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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