O repórter Héctor Francisco Medina Polanco, que havia denunciado irregularidades na prefeitura de Morazán, na região Oeste de Honduras, assim como "problemas de terras" envolvendo agricultores locais, morreu um dia depois de ser baleado. Trata-se do primeiro caso de assassinato de jornalista no país em 2011, informaram o Tiempo e o El Mundo.
Medina tinha 35 anos e coordenava o noticiário do Canal 9 de TV de Morazán. Ele foi atacado por dois homens em uma moto, ao sair do trabalho, na noite de 10 de maio, e morreu no dia seguinte, segundo o El Heraldo. O jornalista levou três tiros nas costas e um no braço.
Medina havia recebido "ameaças de morte e comunicado as autoridades, disse Santos Gálvez, vice-presidente do Colégio de Jornalistas, citado pela Associated Press (AP).
A família disse que recorrerá à Corte Interamericana de Direitos Humanos, de acordo com o La Prensa.
Medina é o 12° jornalista assassinado em Honduras desde 2010, segundo o Comitê pela Livre Expressão C-Libre. Após o golpe de Estado de junho de 2009, Honduras se transformou em um dos países mais perigosos, junto com o México, para o exercício do jornalismo.
Um relatório recente da Freedom House colocou Honduras na lista dos países onde a imprensa não é considerada livre ou independente. Já o Instituto de Imprensa Internacional (IPI) disse que México e Honduras foram os países mais perigosos para a imprensa em 2010, atrás apenas do Paquistão - dos 32 jornalistas assassinados nas Américas em 2010, 22 perderam a vida em Honduras ou México.
Leia um texto sobre os assassinatos de jornalistas em Honduras aqui.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.